Por causa da pandemia de Covid-19, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, decidiu que não haverá biometria nas eleições deste ano – que já foram adiadas para novembro. Ele seguiu recomendação de infectologistas com quem se reuniu ontem à noite. Barroso ouviu as opiniões dos médicos David Uip, do hospital Sírio Libanês, Marília Santini, da Fundação Fiocruz, e Luís Fernando Aranha Camargo, do hospital Albert Einstein, que integram grupo que presta consultoria ao tribunal.
Os médicos consideraram que a biometria pode aumentar os riscos de infecção, já que o eleitor deve pôr o dedo no leitor da digital e a Justiça Eleitoral não tem como garantir a higienização frequente. Também observaram que, como o voto com biometria demora mais, exigir a digital dos eleitores pode causar mais aglomeração que o normal – o que também é fator de risco para contaminação.
O grupo de consultores ainda vai produzir cartilhas de orientações aos eleitores, mesários e candidatos, para ser divulgadas pelo tribunal. Barroso levará suas definições ao Plenário do TSE para que o tribunal as transforme em resolução.