O muralista brasileiro Eduardo Kobra iniciou um novo projeto, “A Arte de Conservar”, de restauração e revitalização de suas principais obras. Ele trabalhará, ao lado de sua equipe, até o dia 30 de novembro no mural “A Lenda do Brasil”, de 41 metros por 17,5 metros, feito em homenagem ao piloto Ayrton Senna, na empena de um prédio na rua da Consolação, 2608 (esquina com a av. Paulista, em frente à Praça José Molina), em São Paulo. O trabalho foi iniciado há uma semana, mas é na segunda-feira, dia 23 de novembro, que Kobra começa a etapa da pintura. De acordo com o artista, as próximas obras a serem restauradas são “Oscar Niemeyer”, na região da av. Paulista, também em São Paulo, e “Etnias – Todos Somos Um”, no Boulevard Olímpico, no Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
O mural “A Lenda do Brasil”, que mostra o piloto de capacete e olhar expressivo, é uma das principais obras de Kobra, que tem Senna como uma de suas grandes referências. “Embora eu não seja ligado aos esportes, Senna sempre foi um dos meus maiores ídolos e uma inspiração para mim, com seu exemplo de determinação e superação. Além disso, transformou o ato de dirigir carros de corrida em, além de um esporte, uma verdadeira arte, que encantava e inspirava a todos”, afirma Kobra, que já pintou 12 murais, além de uma tela, sobre o tricampeão mundial de F-1 (nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo). Em setembro de 2019, Kobra realizou um mural. no autódromo de Ímola, Itália, onde o piloto morreu ao bater sua Williams nos muros da curva Tamburello, no GP de San Marino no dia 1º. de maio de 1994. Em março deste ano, inaugurou o mural “Superação” no autódromo de Interlagos, em São Paulo.
“Este é um dos primeiros movimentos de restauração, revitalização e preservação de murais, que já são verdadeiros patrimônios das cidades e, acredito, merecem receber os mesmos cuidados que os prédios, os monumentos públicos e qualquer obra de arte”, afirma o artista, que acrescenta: “a velha ideia de que a arte de rua é descartável e efêmera deve ser mudada.”
O artista urbano revela que com as novas técnicas, os murais podem resistir bem mais à passagem do tempo. “A durabilidade de um mural depende de fatores como as condições climáticas – calor, frio, chuva -, a poluição e se foi realizado em uma parede nova ou mais antiga. Agora podem ser tomados cuidados essenciais para que os murais durem mais, como um melhor preparo da parede, o uso de seladora e de tintas acrílicas como base e a aplicação de verniz ao final do trabalho”, afirma.
Para a fase inicial do projeto, Kobra procurou pela Audi Brasil, empresa que tem uma ligação histórica com o tricampeão mundial. Foi Senna que trouxe a marca alemã para o mercado brasileiro, em 1993. A empresa abraçou a ideia, assim como em 2015, ano em que iniciava a operação de sua fábrica no País. “Eles novamente receberam muito bem a ideia e viabilizaram essa primeira etapa do projeto, que busca começar um movimento para às próximas gerações terem acesso a esses maravilhosos trabalhos que têm sido feitos por artistas urbanos ao redor do mundo”, conta Kobra, que procurou também, sempre faz em tudo que se relaciona ao piloto, pelo Instituto Ayrton Senna, que aprovou a ação. “É uma bela iniciativa da Audi Brasil. Espero que inspire mais empresas a apoiarem a restauração dos outros murais”, diz.
De acordo com o artista, ter sonhos e projetos é sempre muito importante, mas também é fundamental olhar – e preservar – para o que já existe. “Não podemos pensar apenas no novo. É preciso ter um olhar para o que já existe em nossas casas e cidades, como as marquises dos prédios, as árvores, os monumentos e os murais”, diz Kobra, que acrescenta: “Já há alguns anos eu estava incomodado ao ver meus trabalhos deteriorados. A vontade de realizar um trabalho nesse sentido cresceu ainda mais durante a pandemia, já que as pessoas começarão cada vez mais a passear em suas próprias cidades”.
Cláudio Rawicz, diretor de Comunicação e Marketing da Audi do Brasil, comemora a nova parceria. “A inovação faz parte do DNA da nossa empresa, mas valorização da cultura e da história também são essenciais para qualquer sociedade. Por isso este projeto com o Kobra é tão importante. O mural do Ayrton Senna, um ídolo da nação brasileira, virou um cartão postal na cidade de São Paulo e traz lembranças positivas de uma pessoa que só trouxe alegrias para o nosso País”. Segundo o diretor, 2020 é um dos anos mais importantes da Audi no Brasil. A empresa deu início a uma ofensiva de sustentabilidade ao firmar o compromisso global de ser uma companhia 100% neutra em carbono até 2050. “Uma das ações para atingir este objetivo é a introdução de 30 modelos eletrificados em todo o mundo até 2025. No Brasil os primeiros veículos 100% elétricos da marca já foram lançados: o Audi e-tron e o Audi e-tron Sportback”, diz.
A Arte de Conservar
As etapas da restauração do mural, segundo Kobra
1 – Montagem dos balancins;
2 – Identificação dos problemas do mural: partes onde existem rachaduras, onde a tinta está descascando, desbotando ou há infiltrações de água. “Resguardando as proporções, é muito similar à restauração de uma pintura em tela”, afirma;
3 – A partir dos pontos que são identificados, é feito o mapeamento para o restauro;
4 – Estudo sobre o procedimento a ser realizado em cada área mapeada do mural;
5 – Trabalho para descascar o que não está bom;
6 – Aplicação de massa corrida;
7 – Processo de lixagem;
8 – Aplicação de seladora
9 – Aplicação de tinta acrílica;
10 – Pintura (Spray e Compressor)
11 – Aplicação do Verniz
Veja aqui outros dois importantes murais de Kobra sobre Ayrton Senna
“Superação” – Kobra preparou um mural de 27 metros de altura por 10 metros de largura. para homenagear Ayrton Senna no autódromo de Interlagos, onde o piloto brasileiro fez história com duas notáveis conquistas na F-1, em 1991 e 1993.
O mural foi concluído em março deste ano, mas devido à pandemia decidiu-se fazer o lançamento no dia 12 de maio, data do aniversário de 80 anos de Interlagos (cujo nome oficial é José Carlos Pace, em homenagem a outro grande piloto brasileiro).
Senna, falecido no dia 1º. de maio de 1994, é uma das grandes referências de Kobra. É o “personagem” que mais aparece nas obras do conhecido artista urbano brasileiro: são 11 murais, além de uma tela, de pequeno, médio e grande porte. “Cheguei a pensar em suspender tudo, devido a essa terrível pandemia que acontece no mundo inteiro, mas achei que Senna, com seu exemplo de resiliência, é um símbolo ainda mais importante em um momento tão difícil como este. Por isso escolhi para retratar no mural o instante icônico de 24 de março de 1991, quando, após correr a parte final da prova apenas com a sexta marcha do carro, Senna chega extenuado ao pódio e, juntando suas últimas forças, consegue erguer com a mão direita a taça da vitória”, diz.
Kobra acrescenta: “em todos os murais que faço no mundo pinto a bandeira do Brasil, o que é influência direta do orgulho que Ayrton Senna tinha de carregar a bandeira brasileira após as provas e principalmente do desejo que ele tinha de compartilhar com todos os brasileiros as suas conquistas”.
Mural em Ímola
O mural em Ímola foi lançado, com 21 metros de comprimento por sete de altura, em setembro de 2019. O autódromo italiano foi o palco da fatalidade com o piloto brasileiro em 1º de maio de 1994, mas também um cenário de recordes e conquistas de Ayrton, que permanece até hoje como o recordista de poles em San Marino na F1 (8 no total), além de ter obtido três vitórias no local (1988, 1989 e 1991). A obra fica na fachada do museu Checco Costa, no lado interno do autódromo.
No mural, Kobra também fez referência ao piloto austríaco Roland Ratzenberger, falecido no mesmo final-de-semana, durante os treinos para a corrida. Kobra pintou no capacete de Senna uma bandeira da Áustria, que Ayrton planejava levantar na sua volta após o término da prova.
O circuito de Ímola é o palco de inúmeras provas de diversas categorias do automobilismo, além de também atrair muitos fãs, especialmente japoneses e brasileiros, que procuram reverenciar o ídolo.
Trabalho mais recente: Minhocão
O artista urbano entregou no último domingo, 15 de novembro, seu primeiro mural na região do Minhocão, em São Paulo. O trabalho tem 33 metros de altura por sete metros de largura, na empena de um prédio situado à rua Traipu, nº. 50. De acordo com o artista, será mais autobiográfica de todas as suas obras. “O mural é inspirado em um momento muito difícil para mim, que começou a ser superado quando senti a mão de Deus. Foi algo que me ajudou e que me ampara até hoje”, diz.
Kobra afirma que o mural, é particular, mas também universal. “Serve para todas as pessoas, de qualquer fé, que passam por dificuldades como depressão, solidão, dificuldades econômicas, bebidas e drogas”. E complementa: “espero que nesses tempos de pandemia e mesmo depois que tudo isso terminar, o mural também inspire as pessoas a resgatarem a bondade e serem mais acolhedoras e solidárias uma com as outras”.
Sobre Eduardo Kobra
Recentemente, Eduardo Kobra, 45 anos, entregou em Santos, no litoral de São Paulo, o mural “Coração Santista”, de 800 metros quadrados. A obra foi inaugurada no dia 23 de outubro, data do aniversário de 80 anos de Edson Arantes do Nascimento, Pelé. No mural, há quatro cenas, todas situadas dentro dos arcos (ou círculos) das muretas de Santos, um dos mais conhecidos símbolos da cidade: Pelé (o grande homenageado do mural), o Bonde, a Bolsa do Café e Um Estivador no Porto de Santos.
Pouco antes, o muralista lançou um painel sobre o Líbano, país marcado pela recente tragédia ocorrida em Beirute. A tela foi leiloada e foram feitas serigrafias para serem sorteadas entre pessoas que fizessem doações para o Líbano (o valor total a arrecadação será divulgado ainda em novembro). Também durante a pandemia, Kobra fez o painel “Coexistência”, onde mostrava crianças de cinco religiões – budismo, cristianismo, islamismo judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo máscaras. Uma Serigrafia da obra foi sorteada entre as pessoas que fizeram doações. Com o valor arrecadado foram produzidos e distribuídos 16.620 kits.
Em setembro, o artista urbano finalizou um mural dentro da Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. O mural faz parte de um projeto idealizado por ele para a revitalização da escola, onde ocorreu um massacre em março de 2019, quando dois ex-estudantes armados invadiram o espaço. Além do mural pintado por Kobra dentro do pátio da escola, alunos participaram de um concurso através da Secretaria de Estado da Educação, com o tema “Paz nas Escolas” e enviaram desenhos. As obras escolhidas foram pintadas no muro em frente à fachada da escola. Para as pinturas nas outras três laterais do muro, foram convidados diversos artistas urbanos.
Kobra é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Começou como pichador, tornou-se grafiteiro e hoje se define como muralista. Seu talento brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade e pelo mundo. Com os desdobramentos que a arte urbana ganhou em São Paulo, ele derivou – com o Studio Kobra, criado em 95 – para um muralismo original – inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores mexicanos e norte-americanos, beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro.
Muitos críticos afirmam que a característica mais marcante de Kobra é o domínio do desenho e das cores. Mas o que é mais fundamental para o artista é o olhar. Kobra foi desde cedo apresentado às adversidades da vida. Viu amigos sucumbirem às drogas e à criminalidade. Alguns foram presos. Outros tantos perderam a vida. Foi o olhar que o salvou.
Kobra é autor de projetos como “Muro das Memórias”, em que busca transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade; Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens fortes de matança de animais e destruição da natureza; e “Olhares da Paz”, onde pinta figuras icônicas que se destacaram na temática da paz e na produção artística, como Nelson Mandela, Anne Frank, Madre Teresa de Calcutá, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, John Lennon, Malala Yousafzai, Maya Plisetskaya, Salvador Dali e Frida Kahlo.
Em meio ao caos urbano, buscou resgatar o patrimônio histórico que se perdeu. Em um contexto repleto de desigualdade social e injustiças, buscou se inspirar em personagens e cenas que servem de exemplo para um mundo melhor.
Hoje, os murais de Kobra estão em cerca de 35 países e em diversas cidades e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os trabalhos, o artista paulistano busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e até montanhas em galerias a céu aberto. Inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados Unidos, 18 deles em Nova York.
Cada vez mais conhecido, Kobra fica, é claro, orgulhoso quando vê uma multidão que observa um de seus murais, mas costuma dizer que o que o comove de verdade é descobrir alguém que para no meio da correria da cidade para observar, mesmo que por um minuto, os detalhes dessa obra. Apesar dos murais monumentais, Eduardo Kobra faz sua arte para despertar a consciência e a sensibilidade de cada um de nós.
A seguir, uma síntese das linhas de trabalho de Eduardo Kobra
Muro das Memórias – projeto mais antigo e constante de Eduardo Kobra, que pinta São Paulo antiga. Há cerca de 40 trabalhos em São Paulo. Cria um contraste entre o antigo e o contemporâneo. No antigo mural, agora já apagado, de mil metros quadrados na av. 23 de maio, as pessoas passavam em seus carros, como máquinas, a toda velocidade. O lado humano da avenida estava justamente nos rostos pintados no muro. O artista desenvolveu trabalhos do Muro das Memórias em outras cidades. Fez, por exemplo, lindas criações em Belém (PA), Rio de Janeiro e Santa Maria (RS), além de cidades em países como Estados Unidos, Suécia, França, Inglaterra, Rússia, Polônia, México, Japão, Emirados Árabes e Taiti.
3D – Kobra é pioneiro nesta arte. Surpreendeu São Paulo fazendo um carro em 3d na Praça do Patriarca. A obra tinha cerca de 30 metros de largura por oito de comprimento. De 98% das posições o espectador via uma mancha no chão. De dois por cento via um carro, “real”, na frente. Fez um Pelé na av. Paulista; um Michael Jackson no Rio de Janeiro (junto com o artista plástico Romero Brito); uma piscina no Rio (homenagem às Olimpíadas); monumentos de Brasília na Esplanada dos Ministérios e um canyon com elementos brasileiros e sul-africanos na Praça do Patriarca, em São Paulo, durante a Copa do Mundo de 2010. Ao total, fez cerca de 20 trabalhos em 3D no Brasil. Kobra participou de diversas edições do Sarasota Chalk Festival, maior evento de 3D do mundo (ler em trabalhos internacionais, ao final do release). Também participou de quatro edições do “Dubai Canvas at City Walk”, nos Emirados Árabes Unidos.
Galeria de Céu Aberto – O artista começou a colocar seus quadros em muros e outros espaços da cidade de São Paulo. Quer mostrar para as pessoas que a arte é acessível, que todos podem entrar em galerias. “Muita gente pensa que não gosta de arte simplesmente porque nunca entrou em museus e galerias”, afirma Eduardo Kobra.
Greenpincel – O projeto, que o artista desenvolve desde março de 2011, busca alertar e combater as agressões do homem aos animais e ao planeta como um todo. Kobra entregou vários murais para a cidade de São Paulo, dentro do projeto. Fez em julho um chocante mural de “boas-vindas”, chamado “Welcome to Amazônia”, na av. Rebouças, 167, com cerca de 7mX5m. O cenário mostra um ambiente arrasado. Pouco antes, concluiu o mural “CO2”, na rua Alvarenga, 2.400, com cerca de 10mX5m, também parte do seu projeto Greenpincel, iniciado com o mural “Navio Baleeiro” (obra crua e forte, baseada em uma cena da caça de uma baleia pelo navio Yushin Maru), realizado em março na rua Domingos de Morais, na Vila Mariana. Kobra pintou o mural “Sem Rodeios”, na av. Brigadeiro Faria Lima, depois de ficar chocado com as imagens nos jornais e sites do bezerro abatido pelo peão César Brosco durante a 56ª. Festa do Peão de Barretos. Fez na rua Cayowaa, em Perdizes, o mural “Mar da Vergonha”, onde critica o massacre de centenas de golfinhos no início de setembro, na pequena cidade de Taiji, na costa meridional da ilha japonesa de Honshu. Em outubro do ano passado fez o mural Alta Mira, onde critica a construção da usina, trabalho que atingiu grande repercussão de público e mídia. Segundo Kobra, o Greenpincel denuncia e combate artisticamente as várias formas de agressão do Homem à natureza. “Todas as tragédias naturais que têm acontecido em nosso planeta mostram que proteger os animais e a natureza como um todo é também uma forma de protegermos o ser humano. Particularmente, sou um apaixonado por plantas e animais. São temas que namoro há muito tempo e, por isso, decidi que já era hora de colocá-los também dentro do meu trabalho como artista”, diz. O Greenpincel marca uma nova etapa nas obras de rua do artista, que buscam basicamente preservar a memória e trazer beleza aos paulistanos, em meio à correria do dia-a-dia. “Gosto muito de resgatar a história e levar beleza às ruas das cidades, o que faço principalmente no projeto ‘Muro das Memórias’, mas há situações em que devemos denunciar, mostrando artisticamente as agressões feitas contra o nosso Planeta”, afirma.
Olhares da Paz – Série inspirada em personalidades importantes da história do Brasil, como o arquiteto Oscar Niemeyer e os compositores Chico Buarque e Adoniran Barbosa além de nomes que contribuíram a para paz, a liberdade, a arte e o humanismo, como Nelson Mandela, Martin Luther King Malala Yousafzai, Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e John Lennon.
Mosaicos –Usa aspectos coloridos e figuras geométricas sobrepostas nas cenas. Esta técnica dá profundidade e cor aos trabalhos. Alguns exemplos desta fase são os já citados murais “O Beijo está no Ar”, em Nova York; e “A Bailarina”, em Moscou. Às vezes a técnica pode se mesclar a outros estilos ou linhas de trabalho do artista. A homenagem a Oscar Niemeyer pertence à fase Personalidades e também à fase Mosaicos.
Trabalhos Internacionais – Eduardo Kobra fez intervenções em países como Estados Unidos, Rússia, França, Itália, Inglaterra, Suécia, Polônia, Japão, Taiti, Emirados Árabes, México e Grécia. Em 2018, pintou 20 murais nos Estados Unidos, 18 murais em Nova York.
Veja algumas das obras de Kobra no Brasil e no Exterior
Exterior: 1 – O Beijo, na High Line, em Nova York, EUA
2 – Arthur Rubinstein, em Lodz, na Polônia
3 – Artistas, em Wynwood, Miami, Flórida, EUA
4 – A Bailarina (Maya Plisetskaya), em Moscou, Rússia
5 – Malala, em Roma, Itália
6 – Olhar a Paz, em Los Angeles, Califórnia, EUA
7 – Sarasota Antiga, em Sarasota, Flórida, EUA
8 – Abraham Lincoln, em Lexington, Kentucky, EUA
9 – Fight for Street Art (releitura da cena clássica de Andy Warhol e Jean Michael Basquiat), em Williamsburg, Brooklyn, EUA
10 – Alfred Nobel, na cidade de Boras, Suécia
11 – MariArte, em San Miguel de Allende, México
12 – Ritmos do Brasil, em Tóquio, Japão
13 – O Beduíno, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
14 – Mural ainda sem nome, Papeete, Taiti
15 – Bob Dylan, The Times They Are a-Changin. Minneapolis, Minnesota, EUA
16 – Hamlet, West Palm Beach, Florida, EUA
17 – Einstein vai à Praia, West Palm Beach, Flórida, EUA
18 – Give Peace a Chance, Wynwood, Miami, Flórida, EUA
19 – Stop Wars, Wynwood, Miami, Flórida, EUA
20 – The Fallen Angel (O Anjo Caído), Wynwood, Miami, Flórida, EUA
21 – Muddy Waters, Chicago, Illinois, EUA.
22 – Rio, Tóquio, Japão
23 – Armstrong (nome não definitivo), Cincinnati, Ohio, EUA
24 – Dante Alighieri, Ravenna, Itália
25 – Let me be myself, Amsterdã, Holanda
26 – Ziggy Stardust (sobre David Bowie), Jersey City, New Jersey, EUA.
27 – Sonho de um Menino, Dubai, Emirados Árabes Unidos.
28 – Mandela (ainda sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi.
29 – Desmond Tutu (ainda sem nome definitivo), em Blantyre, Malawi.
30 – Dalí, em Múrcia, Espanha.
31 – Davi, em Carrara, Itália.
32 – Cacique Raoni (ainda em nome definitivo), em Lisboa, Portugal.
33 – Etnias – Todos Somos Um (talvez ainda receba um novo nome), em Sandefjord, Noruega.
34 – Locomotiva, em Londres, Reino Unido.
35 – Família Monet (dois murais que conversam entre si), em Boulogne-sur-Mer (Bolonha-sobre-o-Mar), na França.
36 – Imagine, em Bristol, Inglaterra.
37 – Em 2018 o artista fez 20 murais nos EUA, 18 deles em Nova York.
38 – Ayrton Senna, Ímola, Itália.
Brasil
1 – Oscar Niemeyer, Praça Oswaldo Cruz, av. Paulista, em São Paulo, São Paulo
2 – A Arte do Gol (projeto Muro das Memórias), av. Hélio Pellegrino com av. Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo
3 – Belém Antigo, esquina da rua Castilhos França com a rua Portugal, em Belém, Pará
4 – Candango, no Complexo Bancário, em Brasília.
5 – Chico e Ariano, na avenida Pedroso de Morais, Pinheiros, em São Paulo, São Paulo.
6 – Novos Ventos, nos tanques da Linde Gases, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, que liga Cubatão a Guarujá, São Paulo.
7 – Mural da 23 de Maio (projeto Muro das Memórias), av. 23 de Maio (próximo ao viaduto Tutóia), em São Paulo, São Paulo.
8 – Murais do Parque do Ibirapuera, ao lado do MAM, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, São Paulo.
9 – Pensador, Senac Tatuapé, em São Paulo, São Paulo.
10 – Muro das Memórias Caixa d’água, Senac Santo Amaro, em São Paulo, São Paulo.
11 – AltaMira (projeto Greenpincel), rua Maria Antônia, São Paulo, São Paulo.
12 – Muro das Memórias, Senac Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.
13 – Gonzagão, Recife, Pernambuco.
14 – Viver, Reviver e Ousar, Igreja do Calvário, em Pinheiros, São Paulo, São Paulo.
15 – Brasil!, muro da usina termelétrica de Macaé, Rio de Janeiro.
16 – Sem Rodeio (Projeto Greenpincel), av. Faria Lima, em São Paulo, São Paulo.
17 – Muro das Memórias Senac Tiradentes, av. Tiradentes, em São Paulo, São Paulo.
18 – Racionais MC’s, Capão Redondo, São Paulo, São Paulo.
19 – Genial é Andar de Bike, Oscar Freire, São Paulo, São Paulo.
20 – A Lenda do Brasil, rua da Consolação, São Paulo.
21 – Etnias – Todos Somos Um, Boulevard Olímpico, Porto Maravilha, Rio de Janeiro, RJ.
22 – Sobre Bike e mobilidade (nome ainda indefinido), rua Tavares Cabral, 62, Pinheiros, São Paulo, São Paulo.
23 – Mural do Chocolate, km 35 da rod..Castelo Branco, em Itapevi, São Paulo.
24 – Escadão das Bailarinas, em Pinheiro, São Paulo, São Paulo.
25 – Mario Quintana, Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
26 – Ayrton Senna – Superação, em Interlagos, São Paulo.
27 – Escola Professor Raul Brasil (ainda sem nome definitivo), em Suzano, São Paulo.
28 – Coração Santista, em Santos, São Paulo.