A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Nova Odessa realiza neste sábado, dia 10, um novo arrastão contra os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Desta vez, a ação será na região Central, a partir das 8h. Para desenvolvimento da ação, a equipe da Saúde Municipal contará com o apoio das secretarias de Meio Ambiente e Obras.
Os servidores estarão nas ruas orientando os moradores e recolhendo, de dentro dos quintais e residências, objetos inservíveis que possam acumular água, além de outros possíveis criadouros. Entre fevereiro e março, a região do Jardim Santa Luiza recebeu uma série de quatro arrastões, na qual foram retiradas mais de 8 toneladas de criadouros e materiais inservíveis.
Na oportunidade, foram vistoriadas mais de 600 residências. É sempre válido lembrar que o Aedes aegypti é transmissor não só do vírus da dengue, mas também dos da febre amarela, chikungunya e zika. Encarregada do Setor de Zoonoses da Prefeitura, a veterinária Paula Faciuilli pede à população que colabore com a equipe, recebendo os servidores municipais (que estão uniformizados) e eliminando de suas casas e quintais os criadouros – qualquer recipiente ou objeto inservível que possa acabar água limpa e parada.
“A redução de criadouros ainda é o melhor método para se prevenir a proliferação dos mosquitos e das doenças transmitidas por eles”, disse Paula, ressaltando que 80% dos criadouros são “domésticos”, ou seja, estão nas moradias das pessoas. Nesta semana, a Vigilância Epidemiológica informou que, neste ano, já foram confirmados 47 casos positivos de dengue no município. Para comparação, a cidade registrou no ano passado todo 339 casos positivos em 2020, e 925 em 2019.
“É importante ressaltar que não podemos nos esquecer de combater o mosquito. A ocorrência de chuvas e temperaturas altas cria um clima propício para proliferação do Aedes aegypti. Por isso, a população tem que ser aliada na eliminação de recipientes que acumulam água, principalmente os pequenos depósitos, como potes, latas, pneus, plásticos, entre outros. Uma simples tampa de refrigerante com água parada pode ser o local escolhido pela fêmea para colocar seus ovos”, ressalta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Os munícipes que identificarem possíveis criadouros em terrenos baldios também devem comunicar o Setor de Zoonoses da Prefeitura, pessoalmente ou por meio do telefone (19) 3466-3972. “No atual momento, estamos realizando os trabalhos de casa a casa e os arrastões aos sábados”, falou a encarregada de Zoonoses.
Índice
A Prefeitura de Nova Odessa iniciou nesta semana a ADL (Avaliação de Densidade Larvária), que apresenta a infestação atual de larvas do mosquito Aedes aegypti. De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde, o índice registrado em janeiro foi de 0,3. Neste novo levantamento serão vistoriadas 600 residências, escolhidas por meio de sorteio, localizadas em todas as regiões do município.
O Ministério da Saúde, a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) e a OMS (Organização Mundial da Saúde) estabelecem que Índices de Breteau entre um e três trazem baixo risco de epidemia de dengue. “Durante as primeiras visitas, para a realização do levantamento, encontramos muitos criadouros. É preciso que a população permaneça vigilante e mantenha seus imóveis livres de objetos que possam acumular água”, disse a veterinária.
Em Nova Odessa, os recipientes mais encontrados pelas equipes de combate à dengue da Secretaria de Saúde são aqueles ligados à cultura da manutenção de plantas, como vasos, pratos de plantas e bromélias. “Houve ainda uma grande quantidade de materiais inservíveis, como recipientes plásticos, latas e pneus”, acrescentou Paula.