A Associação Comercial e Industrial de Americana (ACIA) perdeu aproximadamente 400 associados desde a saída do ex-presidente da entidade Dimas Zulian.  Zulian deixou a presidência em julho de 2019 com cerca de 2.200 associados e hoje, de acordo com a assessoria de imprensa da entidade, o número reduziu para 1.800.

Além de associados, a entidade também reduziu seu quadro de funcionários, o que foi justificado pelo atual presidente Wagner Ambruster como interferência da pandemia.

“Em decorrência da pandemia a ACIA foi obrigada a reduzir seu quadro funcional e fazer ajustes orçamentários para evitar problemas financeiros.
A entidade, além da diretoria e do Conselho dispõe de um conselho fiscal que audita todos os passos da entidade”, disse Wagner através da assessoria de imprensa.

NÚMEROS.

O NM tentou obter de forma oficial o número de associados dos anos de 2019 e 2020, porém a entidade não forneceu. A assessoria de imprensa apenas informou que a queda do número entre 2019 e 2021 é de 7,2%, o que não bate com os números levantados pelo NM com pessoas ligadas à entidade e através de matérias jornalísticas publicadas no ano de 2019. A porcentagem correta seria uma redução de 18,18% de associados.

Ainda, a associação precisou demitir 50% do seu quadro de funcionários.

“Quanto ao quadro de colaboradores, por conta da pandemia a ACIA ficou impedida de oferecer vários de seus serviços, como eventos, treinamentos, e alguns serviços que se mantiveram também tiveram demanda reduzida, portanto foi necessário um corte de pessoal de cerca de 50% até que a situação se normalize. A expectativa é que a entidade volte a recontratar a medida que as atividades sejam retomadas, dando preferência aos colaboradores que foram dispensados”, disse a associação.

PROBLEMA COM ASSINATURA. 

O NM recebeu alguns relatos de pessoas próximas à entidade de que Wagner não estaria assinando os documentos como presidente por restrições no CPF. Um fonte – que preferiu não se identificar – afirmou que a situação causou mal estar entre membros da diretoria, inclusive resultando em afastamentos. O NM solicitou, então, um posicionamento da situação. Segue nota enviada pela assessoria em nome do presidente.

“A Acia cumpre o determinado no seu estatuto social, inclusive a possibilidade de substituição do presidente por um de seus vice-presidentes, para execução de suas funções quer seja de forma parcial ou total. Os eventuais problemas restritivos são objeto de defesa administrativa nas esferas competentes, e portanto, embora sejam momentâneos, serão em breve solucionados.

No Estatuto esta previsto que varias pessoas da diretoria podem em dupla assumirem as responsabilidades das contas da entidade . Decorrentes de problemas pessoais ou casos se saúde ou necessidade de afastamento . Cabendo ao presidente, vice e primeiro tesoureiro em comum acordo com a diretoria executiva delegarem responsabilidades.

O Estatuto prevê que desacordos comerciais dos empresários ou choques de interpretações entre clientes e fornecedores que gerem problemas deste montante para qualquer pessoa que se coloque a frente da entidade. O Estatuto salvaguarda essas exceções que confirmam a regra.

Temos em torno de 100 diretores que mensalmente tem acesso livre a todos os caminhos administrativos e financeiros da entidade. E a entidade esta aberta a qualquer sócio que desejar ver, verificar e avaliar seus caminhos.
Somos transparentes e tudo está a mostra. Nada foge do reto seguimento do Estatuto e nem fere as leis vigentes. Quer da entidade ou do país.”