Rafael Cervone, vice-presidente da FIESP/CIESP, no encontro com o ministro Paulo Guedes, da Economia, promovido esta quinta-feira (27/05) pela Coalização Indústria, questionou a proposta de reforma tributária fatiada do governo. A principal dificuldade – considerando que cada Estado poderia optar entre manter o atual regime do ICMS ou aderir ao IVA Dual preconizado pela União – seria conciliar regimes tributários diferentes em distintas unidades federativas. “A questão é ainda mais complexa se levarmos em conta que o IVA é gerado na origem e o ICMS, no destino”.

Cervone tem defendido de modo enfático uma reforma tributária ampla e não fatiada, que abranja normas e alíquotas únicas para os impostos estaduais, “extinguindo-se as diferenças e incentivos referentes ao ICMS, para pôr fim à guerra fiscal, danosa à economia brasileira e prejudicial aos estados onde as alíquotas são mais elevadas”.

O dirigente da FIESP/CIESP também aponta a necessidade de isonomia tributária entre os setores de atividade, lembrando que a indústria tem sido mais apenada, pois representa 11% do PIB, mas paga um terço dos impostos nacionais. Sugere, ainda, a simplificação do modelo arrecadatório, cuja complexidade gera custos e excessivo tempo de trabalho das empresas.

O encontro de hoje, realizado de modo híbrido, presencial e virtual, foi intitulado de “Diálogo da Indústria com o ministro Paulo Guedes”. Participaram empresários dos distintos setores e entidades de classe que integram o movimento Coalização Indústria.