O total de casos de dengue caiu 34,1% em Nova Odessa nos primeiros cinco meses deste ano, na comparação com 2020. Mesmo assim, o alerta dos órgãos de Saúde Pública contra os criadouros do mosquito Aedes aegypti continua, pois historicamente cerca de 80% ou mais dos recipientes que acumulam água limpa são encontrados no interior dos imóveis particulares das cidades.
Até o final de maio, a Vigilância Epidemiológica Municipal registrou 187 casos positivos da doença, cujo vírus é transmitido de uma pessoa contaminada para uma pessoa saudável através da picada da fêmea do mosquito. No mesmo período (janeiro a maio) de 2020, esse total foi de 284 exames positivos de moradores da cidade. Para comparação, em todo o ano passado, Nova Odessa registrou 339 casos positivos de dengue, a maior parte nos primeiros seis meses do ano. Em 2019, foram confirmados 925 casos da doença na cidade.
Mesmo com o fim do período mais chuvoso e quente do ano, é preciso manter a atenção na “guerra contra o Aedes”. “A redução no número de criadouros ainda é o melhor método para se prevenir a proliferação de mosquitos e das doenças transmitidas por eles”, reforçou a encarregada do Setor de Zoonoses da Prefeitura, a veterinária Paula Faciulli.
“É importante combater o mosquito transmissor da dengue principalmente no atual momento de agravamento da outra pandemia, a de Covid-19, que tem colocado o Sistema de Saúde sob grande pressão por atendimentos e internações”, disse recentemente o secretário municipal de Saúde, o médico Nivaldo Luís Rodrigues.
Combate
A Prefeitura de Nova Odessa continua fazendo a sua parte no combate ao mosquito – transmissor também dos vírus da zika e da chikungunya, que não têm casos positivos na cidade.
São realizados, constantemente, os trabalhos de visitas casa a casa em todos os bairros, bem como os “arrastões” aos sábados em locais considerados de maior risco. O trabalho diário continua na cidade mesmo nos períodos mais restritivos da quarentena imposta pela pandemia de Covid.
No último sábado, dia 30/05, por exemplo, a equipe do Setor de Zoonoses realizou um grande arrastão na região do Jardim Santa Rita 2. A ação da equipe de campo resultou na visitação de 244 imóveis, com a remoção de um caminhão lotado de materiais que serviam de criadouros das larvas do Aedes. Também encontradas seis residências fechadas e 12 desocupadas. Os agentes localizaram duas larvas do mosquito.
“Encontrar larvas é sempre preocupante. É fundamental que o morador faça constantemente a limpeza em seu quintal e recolha qualquer tipo de objeto que possa acumular água. Esse arrastão, com o recolhimento de materiais, auxilia ainda mais esse importante trabalho preventivo. A redução de criadouros ainda é o melhor método para se prevenir a proliferação de mosquitos e das doenças transmitidas por eles”, completou a especialista.
Os cidadãos que identificarem possíveis criadouros em terrenos baldios também devem comunicar o Setor de Zoonoses da Prefeitura, pessoalmente ou por meio do telefone (19) 3466-3972.