Cuidado para não levantar com o pé esquerdo. Pelo menos uma vez ao ano temos a coincidência do dia 13 cair em uma sexta-feira. Não existem anos sem sextas-feiras 13, mas em alguns, elas aparecem mais. Como foi o caso de 2020 que o infortúnio aconteceu em março e novembro.
Por si só já teria sido um ano de azar com a pandemia do Covid-19, mas os dois meses premiados, tiveram fatos um tanto macabros: o primeiro coincidiu com o início da disseminação do vírus no Brasil e o segundo com o espancamento de um homem negro em um supermercado de Porto Alegre, que chocou o Brasil levantando uma discussão sobre racismo e segregação racial.
Nem precisaria citar as eleições municipais, em novembro, que para alguns podem ter um baita azar.
Não me considero supersticioso, mas como cautela prefiro não provocar as divindades nessa data. Nada de passar embaixo de escada e Deus me livre de cruzar com gato preto na encruzilhada.
Por sorte passaremos essa azarada sexta com um cenário mais esperançoso: a vacina já chegou até os jovens, o comércio está retomando suas atividades e logo nos veremos livres desse assombroso vírus.
Por superstição ou não, é bom estar atento aos sinais não só dessa data, mas em todo o tempo. A vida pode ser uma eterna sexta-feira 13, se não estivermos munidos de “amuletos” que nos protegem do mal. O azar pode ser mais do que um espelho quebrado, pra mim se resume em uma vida sem alegria e prazeres, um amor não correspondido ou as más escolhas que se pode ter.
É dia de valorizar a sorte que temos em ainda estar vivos e lutar por dias melhores. Que seu amuleto seja a fé. E como me ensinaram meus pais: “Livrai-nos de todo mal, amém”.
José Odécio de Camargo Júnior é advogado