O governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou ontem (11) que dois consórcios vão disputar o certame que vai decidir quem irá administrar o mais importante estádio do Brasil pelas próximas três décadas.
De acordo com a Secretaria de Estado da Casa Civil do Rio de Janeiro, os dois consórcios que irão disputar a licitação são o Maracanã S/A, formado pelas empresas IMX, Odebrecht e AEG, e o consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio, formado por OAS, Stadion Amsterdam e Lagardère Unlimited. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, os outros consórcios que disputariam a licitação não apresentaram as propostas finais.
A empresa IMX, parte do grupo do empresário Eike Batista, está no centro de uma das maiores polêmicas da licitação. O fato de a empresa ter sido a responsável pelo estudo de viabilidade econômica do complexo motivou o Ministério Público a ingressar com uma ação civil pública na Justiça do Estado pedindo a suspensão da licitação.
Na noite de quarta-feira, a Justiça estadual chegou a acatar o pedido do MP, concedendo liminar para suspender a licitação. Mas, na mesma noite, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargadora Leila Mariano, cassou a liminar e a licitação foi mantida.
O início da licitação na quinta-feira (11) foi marcado por protestos. De acordo com a Agência Brasil, cerca de 300 manifestantes ligados a movimentos sociais e partidos políticos realizaram um ato em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio e local de abertura das propostas. Eles interromperam a circulação de veículos em algumas ruas das imediações.
O protesto e a exigência dos manifestantes para que uma comissão acompanhasse a licitação chegou a atrasar a abertura de envelopes por cerca de uma hora. Segundo o governo do Estado, as propostas agora serão avaliadas e não há prazo para a divulgação do consórcio vencedor.
Fonte: BBC Brasil