(Reuters) – O governo federal avalia mexer nas alíquotas de PIS/Cofins para transporte urbano, mas não deve desonerar no curto prazo os combustíveis utilizados pelo setor por limitações fiscais, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, ontem (22).
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“Parte da agenda tributária é diminuir a tributação desses itens de uso popular. Fizemos com a cesta básica e com a tarifa de transporte urbano está em discussão, mas não tem decisão formada”, disse. Ele acrescentou que a desoneração do óleo diesel utilizado pelos ônibus urbanos não será possível “neste momento por questões fiscais”.
Barbosa disse ainda que o governo avalia a adoção de um sistema para estimular a produção de pneus semelhante ao que já é aplicado ao regime automotivo, que tem como contrapartida investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de metas de ampliação da capacidade produtiva.
A proposta, segundo o secretário, ainda está em estudos na Fazenda e no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Há uma importação muito grande de pneus no Brasil. Nós temos e devemos preservar a nossa indústria de pneus”, disse.
As informações foram passadas em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado sobre projeto que desonera o transporte público. “Entendemos que a importância do custo do pneu para o transporte urbano tem que ser parte de uma política mais ampla que pega o setor automotivo como um todo, isso também está sendo endereçado”, explicou.