Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) foram gerados, em novembro de 2021, 8.842 postos de trabalho e, no acumulado do ano, foram criadas 72.766 novas vagas, 9.150,5% acima das 804 eliminadas no acumulado de 2020. Os dados são do Novo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), avaliados pelo departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC). Os destaques, na RMC, foram os segmentos de Indústria, Serviços, Comércio, Construção Civil e Agropecuária que, juntos, geraram 8.842 postos, o equivalente a 100% de todas as vagas criadas no mês.

Em Campinas foram gerados, em novembro deste ano, 3.450 postos de trabalho. No acumulado do ano foram criadas 24.285 vagas com carteira assinada, o que representa 629,78% acima das 4.584 eliminadas no acumulado de 2020. Os segmentos que mais se destacaram no município foram Serviços, Comércio, Construção Civil, Indústria e Agropecuária que, juntos, geraram 3.450 novos empregos no mês. Além de Campinas, as cidades da região que mais admitiram em novembro foram Indaiatuba (3.733 postos), Americana (3.603) e Paulínia (2.490).

O economista e diretor da ACIC, Laerte Martins, destaca que a geração de empregos formais no período acumulado do ano evoluiu. “Está havendo geração de postos de trabalho. Em novembro de 2021 a expansão foi em média 10%, ao mês”, explica Martins. Para o economista, a taxa limita o crescimento do emprego, nesse patamar. “Apesar do plano nacional de imunização estar evoluindo positivamente, as injunções econômicas estão provocando uma elevada taxa de inflação e o crescimento da taxa de juros. Além disso, a crise energética, juntamente com a crise hídrica, e a desvalorização do Real frente ao Dólar, frustram as pretensões de recuperação do emprego e renda para este final de ano. Podemos prever um crescimento lento e mais baixo, e não uma expansão mais arrojada. No entanto, ainda assim, vemos um nível de desemprego em leve baixa”, esclarece  Laerte Martins. Para 2022, o diretor da ACIC acredita que a incerteza na geração de emprego e renda continuará em função, principalmente, da instabilidade econômica e das eleições presidenciais, em outubro, e menos pelos efeitos da pandemia.

Em nível nacional, segundo o Novo CAGED, o emprego formal, com carteira assinada, registrou, em novembro de 2021, um saldo de 324.112 postos de trabalho, resultantes de 1.772.766 admissões e de 1.448.654 desligamentos. “No acumulado do ano, até novembro, foi registrado um saldo de 2.992.898 empregos, quando comparado com o acumulado de outubro. Houve uma expansão de 13,11% na geração de postos de trabalho no País”, afirma Laerte Martins.

Os segmentos que mais geraram postos de trabalho foram: Serviços, Comércio, Indústria, Construção Civil e Agropecuária. “Comparando os meses de novembro e outubro de 2021, verifica-se uma expansão de 28,07% nos volumes avaliados. Apenas os Serviços e o Comércio expandiram em 48,95%. Já a Indústria registrou a maior queda (69,37%), seguida da Agropecuária com (87,32%) e da Construção Civil com (27,56%).