A evolução da tecnologia tem possibilitado aos bancos digitais não só desafiarem os grandes bancos, mas também superarem essas tradicionais instituições financeiras em certos aspectos. Agora, algumas empresas brasileiras desse setor têm olhado também para as oportunidades de internacionalização.

É claro que em termos de faturamento os gigantes ainda estão na ponta: o lucro dos grandes bancos brasileiros foi o maior da história no segundo trimestre de 2021, chegando a R$ 23 bilhões.

Mas, quanto ao número de clientes, o digital Nubank saiu do zero enquanto era uma pequena startup em 2013 para 40 milhões de usuários em 2021 — e ainda tem espaço para crescer.

Por que os bancos digitais têm atraído tantas pessoas? E de que modo a tecnologia, como a chegada da internet 5G no Brasil, deve colaborar com a expansão de instituições financeiras nacionais, inclusive para o mercado internacional? Leia este artigo até o fim e descubra.

O cenário dos bancos digitais e tradicionais no Brasil

Menor burocracia, atendimento rápido, aplicativos intuitivos e ausência de taxas impulsionaram o crescimento dos bancos digitais.

De acordo com relatório da Akamai Technologies, encomendado pela Cantarino Brasileiro, o número de novos usuários nos bancos digitais mais que dobrou de 2020 para 2021, indo de 14% para 31%.

O impacto que os bancos digitais trouxeram para o mercado fizeram com que os bancos tradicionais se mexessem e criassem também suas alternativas de contas digitais.

O Itaú criou o Iti, enquanto o Bradesco opera atualmente dois bancos e uma carteira digital: Next, Digio e Bitz, respectivamente.

A enxuta estrutura física de um banco digital permite que as instituições financeiras passem a considerar a expansão para novos mercados.

O Nubank já marca presença na Colômbia e no México com contas digitais à disposição da população desses países latino-americanos e deve listar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York sob o código “NU”.

Por sua vez, o Bradesco tem considerado a internacionalização de seu banco digital. Isso seria muito mais fácil do que abrir agências físicas em países estrangeiros, como afirmou o presidente-executivo da instituição, Octavio de Lazari.

Os brasileiros também podem ser beneficiados com a internacionalização dos bancos, uma vez que, por meio da internet, têm a oportunidade de abrir uma conta nos EUA ou em algum país da Europa e fazer movimentações em Dólar, Euro ou Libra, por exemplo.

A tecnologia 5G e o futuro dos bancos brasileiros

A iminente popularização da internet 5G no Brasil traz novos potenciais aos bancos brasileiros.

Com conexão que permite download a 1 Gbps, ficará mais fácil oferecer um atendimento remoto via chamada de vídeo, eliminando ainda mais a necessidade de o cliente se deslocar até uma agência.

O 5G também colabora com a segurança dos dados biométricos e dos meios de pagamentos digitais por meio de dispositivos móveis, aliando a Internet das Coisas (IoT) aos serviços financeiros.

Com uma internet mais rápida e estável, os robôs de atendimento e que trabalham em determinadas operações também podem continuar em evolução, indo além dos chatbots que conhecemos hoje.

O 5G é uma oportunidade de modernização para os grandes bancos e de mais crescimento para as fintechs. Resta saber quem ganhará esse braço de ferro do mercado no futuro: os gigantes ou os digitais.