A última rodada de negociações entre a comissão dos sindicatos dos professores e as faculdade particulares terminou como as reuniões anteriores: sem acordo. Dessa vez, porém, os sindicatos, coordenados pela Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo), não vão economizar esforços para mobilizar a categoria. O sindicato pede o acumulado da inflação atingiu 10,57% entre março de 2021 e fevereiro de 2022.
“Não pudemos aceitar a proposta aviltante feita pelas mantenedoras. É um desrespeito toral à data-base, não recompõe os salários conforme a inflação e retira direitos históricos conquistados pelos professores, como recesso e bolsas de estudos.”, diz Conceição Fornasari, presidente do Sinpro Campinas.
Ela se refere à proposta econômica, apresentada pelos representantes das universidades privadas, que já havia sido rejeitada no último dia 6 de abril: as mantenedoras ofereceram reajuste de 3% a ser pago a partir deste mês, com abonos de 15% pagos em agosto e 15% em outubro – que não são integrados ao salário.
Segundo Celso Napolitano, presidente da Fepesp e coordenador da comissão dos sindicatos, “esse patamar é baixo ao extremo” e, por este motivo, a proposta foi “recusada de pronto.” Ele lembrou à mesa de negociação que o acumulado da inflação atingiu 10,57% entre março de 2021 e fevereiro de 2022.
Os sindicatos agora se preparam para iniciar sessões de esclarecimento junto aos professores e mobilização da categoria. “Vivemos um momento de precarização do trabalho e não podemos retroceder em direitos conquistados. Ainda não estamos falando em greve, mas pedimos que os professores fiquem atentos aos informes do sindicato. Juntos vamos discutir a melhor forma de pressionar as mantenedoras.”, afirmou Conceição Fornasari.