A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (3/1) um mandado de busca e apreensão em dois endereços da bolsonarista deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A ordem foi emitida pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que mandou os agentes recolherem as armas da parlamentar que não teriam sido entregues.
Uma investigação preliminar sobre as armas de Zambelli foi aberta na Corte porque ela sacou uma pistola em São Paulo (foto principal) para perseguir um jornalista que, segundo ela, a teria empurrado. O homem correu para dentro de um bar, onde a deputada foi flagrada em um vídeo que a mostra com a arma em punho.
Gilmar suspendeu seu porte de armas e determinou a devolução de todos armamentos que ela possuía. Zambelli havia afirmado em um vídeo nas redes sociais que já havia entregue espontaneamente à PF uma pistola, mas hoje os policiais levaram outras três armas, na ação em Brasília e São Paulo, diz matéria de Bernardo Mello Franco, no Globo, para quem a parlamentar confirmou a operação e protestou contra o mandado, que classificou como “invasivo”, acrescentando que ficará “desprotegida”.
Em nota, a deputada disse também que seu recurso ao STF “não foi sequer apreciado, mesmo tendo sido protocolado antes do novo pedido de busca e apreensão da PGR”. Segundo a transcrição de sua fala no jornal, ela prosseguiu afirmando que “cooperou, como sempre fará, com as autoridades policiais para o cumprimento da decisão” e que “caso qualquer atentado à vida da deputada, agora desprotegida, aconteça, já sabemos o responsável”, concluiu.
Em dezembro, foram dadas 48 horas para a deputada entregar suas armas, mas ela disse ter cumprido a ordem após o prazo porque estava em viagem ao exterior.
Em outra matéria de Aguirre Talento, no mesmo jornal, Zambelli afirma? “Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção, 38, que eu tinha“.