Entre janeiro e fevereiro, a seca teve um abrandamento em Minas Gerais
e em São Paulo, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No território mineiro a seca grave recuou de 8% para 2% do estado, enquanto em São Paulo a seca extrema deixou de ser registrada em fevereiro. Já no Rio de Janeiro a seca fraca deixou de ser observada pelo Monitor e, com isso, o estado ficou livre do fenômeno. No caso do Espírito Santo, o território capixaba ficou livre de seca entre janeiro e fevereiro.
Entre janeiro e fevereiro, a área com seca diminuiu levemente em Minas Gerais, passando de 32% para 30% do estado. No território paulista essa redução foi significativa, sendo que a área com seca caiu de 84% para 63% de São Paulo. Por sua vez, o Rio de Janeiro teve um recuo da seca de 7% para 0% do território fluminense. Já o Espírito Santo seguiu livre do fenômeno. Saiba mais sobre os destaques dos quatro estados do Sudeste acompanhados pelo Monitor de Secas.
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Cenário nacional
Entre janeiro e fevereiro, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Rio Grande do Sul e em Rondônia, conforme o Monitor de Secas. Em outros sete estados, a seca ficou mais branda: Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. Três unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em fevereiro: Distrito Federal, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A seca ficou estável em termos de severidade em sete estados: Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Tocantins. Já na Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe a seca voltou a ser registrada em fevereiro.
Na comparação entre os dois meses, seis estados tiveram uma diminuição da área com seca: Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No Rio de Janeiro o fenômeno deixou de ser registrado em fevereiro e se juntou ao Distrito Federal e Espírito Santo entre as unidades da Federação livres de seca. No Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as áreas com seca se mantiveram estáveis em fevereiro, enquanto a extensão do fenômeno se ampliou em seis estados: Alagoas, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e Tocantins. Em fevereiro o fenômeno voltou a ser verificado em cinco estados nordestinos: Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
Dois estados registraram seca em 100% do território em fevereiro: Acre e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação os percentuais variaram de 0% a 76%.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de fevereiro, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, entre janeiro e fevereiro, a área com o fenômeno se manteve em 3,23 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 38% do território brasileiro.
As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE
O Monitor de Secas
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em seus respectivos estados são as seguintes:
- ESPÍRITO SANTO: Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH); o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER); a Defesa Civil do Espírito Santo; e a Companhia Espírito-Santense de Saneamento (CESAN);
- MINAS GERAIS: Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM);
- RIO DE JANEIRO: Instituto Estadual do Ambiente (INEA);
- SÃO PAULO: Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).
O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além do Acre, Amazonas, Rondônia e Tocantins. O processo de expansão continuará em 2023 até alcançar todas as 27 unidades da Federação, com a inclusão do Amapá, Pará e Roraima neste ano.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 23 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
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