(Reuters) – O dólar voltou a fechar com alta de mais de 1 por cento ante o real nesta sexta-feira, próximo às máximas do dia, apesar das atuações do Banco Central, movimento que tende a continuar no curto prazo, segundo a avaliação de especialistas. A moeda norte-americana ganhou 1,63 por cento nesta sessão, a 2,2317 reais na venda, após atingir 2,2345 reais na máxima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 3,6 bilhões de dólares.

Com isso, em junho, o dólar acumulou alta de 4,17 por cento ante o real. No trimestre encerrado neste mês, o avanço ficou em 10,40 por cento, o maior desde o segundo trimestre de 2012, quando a moeda norte-americano subiu 10,65 por cento. No ano, até junho, a divisa ganhou 8,97 por cento.

“?? medida que se aproxima do momento em que o Fed começará a reduzir os estímulos, vamos ter uma nova rodada de desvalorização das moedas ante o dólar”, afirmou o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rosgtagno.

Os mercados ficaram estressados, sobretudo nas últimas semanas, diante dos sinais de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode reduzir seu programa de compra de ativos ainda neste ano, o que diminuiria a liquidez internacional. Nos últimos dias, integrantes do Fed saíram a público para tentar acalmar os mercados, afirmando que talvez o início das reduções dos estímulos não estaria tão perto.