Reuters – O grupo Oi anunciou hoje (15) acordos num total de cerca de 2,5 bilhões de reais para venda de sua empresa de cabos submarinos GlobeNet além de cessão comercial de mais de 2 mil torres de telecomunicações.

Os acordos foram acertados em uma estratégia da companhia para melhorar sua estrutura de custos num momento em que promove plano de investimentos de 6 bilhões de reais e política de dividendos de 8 bilhões de reais até o fim de 2015. As ações da Oi disparavam cerca de 7% nesta segunda-feira após os anúncios.
A Oi encerrou o primeiro trimestre com dívida de 27,5 bilhões de reais e índice de endividamento sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 3,05 vezes.
No final de abril, o então diretor financeiro da empresa, Alex Zornig, havia afirmado que a Oi estava em processo de venda de ativos não estratégicos e que esperava que a venda de direitos de uso de torres poderia acrescentar 1 bilhão de reais ao caixa da companhia “nos próximos meses”. Ele se referiu na ocasião a 4 mil torres. Zornig deixou o cargo em 20 de junho.
COMPRADORES – A cessão da exploração comercial e uso de 2.113 torres de telecomunicações divulgada na quarta-feira saiu por menos desse valor. A SBA Torres Brasil, unidade da norte-americana SBA Communications Corp, comprou os direitos por 686,72 milhões de reais.
Por outro lado, a Oi também anunciou a venda da participação integral que mantinha na GlobeNet, rede de cabos de comunicação submarinos, por 1,745 bilhão de reais. O negócio foi acertado com o BTG Pactual YS Empreendimentos e Participações, empresa controlada pelo BTG Pactual Infraestrutura II Fundo de Investimento em Participações.
O contrato com o fundo do BTG Pactual estabelece o fornecimento de capacidade para a Oi com volume e preço garantidos. O sistema de cabos submarinos negociado conta com 22.500 quilômetros e é composto por dois anéis de cabos submarinos protegidos, interligando pontos de conexão entre Estados Unidos, Ilhas Bermudas, Colômbia, Venezuela e Brasil.
Já o acordo com a SBA prevê a locação de espaço nas torres por meio de contrato de longo prazo. Em fato relevante, a Oi afirmou que a transação otimizará recursos e transferirá custos de operação e manutenção dos ativos.