Era final de 2010 quando, ao sair para mais um dia de trabalho, Paulo Roberto deu um beijo em sua mãe adotiva e ouviu “filho trabalha com Deus, não faça coisas erradas, Deus está na nossa vida, você é meu menino”.
Sua mãe tinha uma consulta no Hospital Municipal de Americana naquele dia e no fim da tarde, ao chegar em casa, Paulo ligou no Hospital e ouviu pelo telefone: “infelizmente sua mãe acabou de falecer”. Ele conta que naquele momento sua mente parou, “abriu um buraco na minha cabeça” e então sua vida nas ruas começou.
Foram quase 10 anos de muito sofrimento, sustos e perseverança. Paulo conta que passou por momentos “sobrenaturais” onde via Deus o livrando de situações angustiantes. “Uma vez um escorpião subiu na minha barriga, eu fui matar, Deus pediu pra mim pegar e jogar ele no mato. Outra vez acordei tinha uma cobra debaixo do meu travesseiro, mas ela estava sem a cabeça, as formigas comeram. Foram tantos livramentos. Já precisei dormir quase dentro do Rio Quilombo, acordei e vi algo se arrastando era uma cobra bem grande, olhei pra cima tinha algo se mexendo na árvore e sumiu. Ali tem muito carrapato, mas nunca fui picado, nem grudavam em mim. Outra vez eu estava debaixo do viaduto e começou a chover, eu comecei a chorar e falar com Deus. “Esse é o único cantinho, meu único papelão. Eu acabei de falar e deu um estrondo, o vento mudou de lado e parou de molhar. Eu comecei a sorrir e cantar”, revelou.
Foram muitas situações até que, em 2020, um grupo de voluntários liderados pelo Vereador Leco Soares foi até Paulo e sua história começou a mudar. Ele foi para um abrigo, depois conseguiu emprego na MB Engenharia, que cuida da limpeza da cidade, e atualmente alugou sua própria casa, conheceu uma companheira e, mesmo com toda dificuldade, segue trabalhando como varredor de rua no Centro de Americana, limpando diariamente a região do Terminal, Calçadão, Igreja Matriz e Praça Comendador Muller.
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