O setor de alimentação fora do lar (bares e restaurantes) criou em março 178 novos empregos formais na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os números são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado), divulgados na última terça-feira (31) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Doze dos 20 municípios que integram a região metropolitana registraram mais contratações que demissões no mês passado.
De acordo com os dados disponíveis no site do Caged, o setor de alimentação fora do lar, composto por mais de 30 mil empresas, contratou em março 3.091 pessoas e demitiu 2.913 no mesmo período, com saldo de 178 novas vagas geradas. Dessas, 100 foram em Campinas. Hortolândia aparece na segunda posição (74), Paulínia (26), Holambra (17) e Indaiatuba (11).
Oito cidades tiveram mais demissões que contratações. Nova Odessa (27), Valinhos (12), Itatiba (9), Monte Mor (8), Santo Antônio de Posse (6), Engenheiro Coelho (4), Santa Bárbara D’Oeste (4) e Pedreira (3).
Foi o segundo resultado positivo consecutivo no ano de 2024. Em janeiro, o setor fechou com saldo negativo de 425 posições. Já em fevereiro houve retomada das contratações, com saldo de 444 contratações.
“Os números do trimestre mostram como os bares e restaurantes são bastante resilientes, mesmo com dificuldades na geração de caixa”, analisa Matheus Mason, vice- presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas. Ele também reforça a importância do segmento na geração de empregos, com mais de 60 mil empregos.
Índice Abrasel Stone aponta aumenta de vendas em março
Outra boa notícia para o setor são os indicadores do índice Abrasel-Stone de março, que apontam aumento de movimento nos bares e restaurantes. No mês, foi registrado um crescimento de 5,2% em relação a fevereiro. Dentre os estados que apresentaram maior aumento mensal, destacam-se Pará (11,2%), Roraima (9,9%), Ceará (8,8%), Tocantins (8,8%) e Piauí (7,1%). Apenas o estado do Rio de Janeiro apresentou queda (-0,5%).
O Instituto Propague, em parceria com o time de Economic Research da Stone, também analisa outros segmentos, o que permite uma comparação. Nacionalmente, o índice de varejo apresentou uma alta geral de 0,2%, puxado por tecidos, vestuários e calçados (3,0%) e hipermercados ou supermercados (2,7%). As maiores quedas foram em materiais de construção (-4,9%) e artigos farmacêuticos (-2,6%).
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Nos bares e restaurantes, embora os números apontem maior movimentação quando comparados com o mês anterior, foi observada uma queda de -2,3% em relação ao ano de 2023. Movimento parecido ocorreu com o setor de varejo, que apresentou baixa de -2,5%. Dentre os cinco segmentos de varejo acompanhados pelo índice, todos registraram quedas anuais, com destaque para livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou uma queda de -13,2%.
“O crescimento dos bares e restaurantes em março reflete a vitalidade desse setor, que tem se destacado como um dos principais do país. Embora tenhamos observado uma queda em relação ao mesmo período do ano anterior, os números de março, juntamente com os dados dos meses anteriores, sinalizam uma tendência positiva para o setor”, comenta Matheus Calvelli, pesquisador do time de Economic Research, da StoneCo.
Para José Eduardo Camargo, líder de Conteúdo da Abrasel, os resultados de março trazem boas expectativas para o período, que ainda deve ser impulsionado por datas comemorativas. “O início deste ano foi difícil para boa parte dos empreendedores. A última pesquisa da Abrasel, relativa ao resultado de fevereiro, mostrou que 31% dos bares e restaurantes operaram no vermelho. Mas, em março, o indicador em conjunto com a Stone aponta para uma melhora e, neste semestre, ainda contamos com a aproximação de duas datas excelentes para o setor, que são o Dia das Mães e o Dia dos Namorados”, comenta.
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