Pesquisa revela os principais potenciais e medos sobre o uso de Inteligência Artificial

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A era digital trouxe a Inteligência Artificial (IA) para o centro das atenções, transformando-a em uma das tecnologias mais influentes no cotidiano de empresas, governos e pessoas. No entanto, o quanto realmente entendemos seu potencial e os riscos envolvidos? Uma pesquisa global recente conduzida pela The Cynefin Company revela as percepções da sociedade sobre os maiores benefícios e preocupações em relação ao uso da IA.

O relatório “Perspectives on AI – Sensemaker Open Collection”, resultado de um estudo global realizado entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, aponta os cinco pontos mais promissores, bem como os cinco grandes medos sobre a aplicação da IA.

Os principais potenciais e medos sobre a IA

Entre os maiores potenciais identificados no estudo, destaca-se o poder da IA de:

  1. Permitir investigações profundas, que superam as capacidades dos motores de busca tradicionais;
  2. Fomentar competências transdisciplinares nos humanos, incentivando um desenvolvimento holístico em resposta aos desafios globais;
  3. Identificar padrões, ajudando a revelar insights valiosos em grandes volumes de dados;
  4. Eliminar preconceitos humanos, utilizando algoritmos para decisões mais imparciais e baseadas em dados;
  5. Apoiar a tomada de decisões, tornando a vida das pessoas mais saudável, produtiva e menos estressante.

Por outro lado, os medos que rondam a IA também são significativos. Entre eles, destacam-se, principalmente:

  1. Abusos no uso da tecnologia, onde o fator humano pode ser o elo mais fraco ou perigoso;
  2. O declínio das indústrias criativas, com a automação substituindo a inovação humana;
  3. Propagandas manipulativas, que podem influenciar decisões de forma extrema;
  4. Decisões tendenciosas ocultas, onde os vieses incorporados nos algoritmos podem causar grandes prejuízos;
  5. Riscos à democracia e estabilidade social, com o uso indevido da IA para fins políticos e de manipulação.

Além desses pontos, a pesquisa revelou outras considerações importantes. A IA foi vista como uma aliada na colaboração eficaz, na promoção da criatividade e na destilação de grandes volumes de dados. Por outro lado, o mau uso da tecnologia, a incapacidade de distinguir o trabalho humano do automatizado e o risco de exclusão digital são questões que despertam preocupação.

Segundo Alexandre Magno, CEO da operação The Cynefin Co Brazil, o estudo revela que muitas lideranças ainda subestimam o verdadeiro potencial da IA. “Os líderes superestimam a capacidade de fazer melhor ou mais rápido o que já sabemos fazer, utilizando a IA com foco, apenas, na produtividade. Eles subestimam seu poder transformador, que pode nos permitir realizar coisas que nunca imaginamos fazer antes”, comenta Magno.

Agora, a companhia iniciou este mesmo estudo com um olhar direcionado somente aos brasileiros. Aqueles que desejarem participar podem acessar o link do SenseMaker e preencher o  formulário. Os dados coletados serão compilados e apresentados a cada seis meses, criando, assim, uma base rica em níveis evolutivos e comparativos.

Com essa pesquisa, a The Cynefin Co busca promover um diálogo mais profundo sobre a aplicação da IA em diferentes setores, desde o impacto transformacional na tecnologia até o seu papel na gestão da complexidade em organizações e governos.

“A discussão sobre o equilíbrio entre os benefícios e os riscos da IA é cada vez mais necessária, à medida que a sociedade navega em uma era de inovação sem precedentes. A maioria das pesquisas disponíveis ouve principalmente os especialistas no assunto enquanto a nossa abre espaço para aprendermos sobre como a sociedade está percebendo o avanço da tecnologia, o que é essencial”, finaliza Alexandre Magno.

 

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