Estado de São Paulo registra 14.504 atendimentos por câncer de pele

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Em 2023, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo registrou 14.504 atendimentos ambulatoriais por câncer de pele, um aumento de 6,4% em relação a 2022, quando foram registrados 13.627 atendimentos. De janeiro a setembro deste ano, já foram contabilizados 10.243 atendimentos, uma média de 1.138 por mês.
A chegada do verão reforça a importância de alertar a população sobre os cuidados para prevenir o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados cerca de 180 mil novos casos por ano.
“O câncer de pele ocorre quando as células da pele começam a crescer de maneira descontrolada, resultando na formação de tumores. Esse tipo de câncer é geralmente causado pela exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais”, explica o dermatologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dra. Dra. Sueli Yuriko Sugimoto Koga.
A doença representa cerca de 30% de todos os tumores malignos no país, sendo o melanoma, que corresponde a apenas 3% das neoplasias malignas da pele, o tipo mais grave, com alto potencial de metástase. Já os cânceres não melanoma são mais frequentes e, embora possam ser agressivos, têm menor probabilidade de se espalharem para outras partes do corpo, quando diagnosticado precocemente.
Fatores de risco incluem histórico de exposição intensa ao sol, queimaduras solares frequentes, histórico familiar de câncer de pele, pele clara e a presença de muitas pintas ou sinais na pele. “É importante buscar um especialista se notar mudanças na pele, como alterações em pintas ou sinais, como tamanho, forma, cor ou textura, surgimento de novas manchas ou nódulos, feridas que não cicatrizam, manchas de coloração irregular ou áreas sensíveis e doloridas, após o diagnóstico clínico e pedido uma biópsia para confirmação”, orienta a médica.
O tratamento varia conforme o estágio do câncer pode incluir a remoção da lesão, seja por cirurgia, crioterapia ou fototerapia (terapia fotodinâmica). Em casos mais avançados, o uso de terapias específicas, como radioterapia ou medicamentos imunoterápicos, pode ser indicado. Quando diagnosticado e tratado precocemente o tratamento tem 90% de chance de cura.
“A prevenção do câncer de pele envolve principalmente a proteção contra a radiação ultravioleta (UV). É importante evitar exposição excessiva ao sol, especialmente entre 10h e 16h, usar protetor solar com FPS 30 ou superior diariamente, reaplicando a cada duas horas, e proteger a pele com roupas, chapéus e óculos de sol. Consultas periódicas ao dermatologista ajudam a identificar lesões suspeitas precocemente, aumentando as chances de sucesso no tratamento”, conclui a dermatologista.

 

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