Na manhã desta quinta-feira (5), uma operação envolvendo as Polícias Civil e Militar de Americana de São Paulo prendeu, a capital paulista, Luma Valeria Rovagnollo (a “Penélope” ou “Bela”), foragida da Justiça e apontada como liderança feminina do PCC (Primeiro Comando da Capital). A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) americanense teve apoio de equipes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) para prender a criminosa no bairro Aricanduva, em cumprimento a mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Criminal de Americana, pelo roubo a uma residência no condomínio de luxo Terras do Imperador.
Roubo
O assalto ocorreu na manhã de 30 de julho de 2022. Por volta de 11h30, uma moradora chegava em casa quando foi surpreendida por dois homens armados que desceram de um veículo Ford Fusion branco com placas contendo caracteres sugestivos da facção, conduzido por uma mulher loira que, segundo a vítima, aparentava ser uma nova moradora do condomínio. Após render a vítima, os criminosos a trancaram no banheiro e fugiram levando joias avaliadas em R$ 40 mil, um relógio de luxo (R$ 150 mil), capacetes de alto desempenho (R$ 13 mil) e outros objetos de valor.
Identificada
Na época, a Polícia Técnica Científica foi acionada e imagens de câmeras de segurança da portaria flagraram com clareza o rosto da mulher ao volante do veículo, posteriormente identificada como Luma Rovagnollo. Após investigação e trabalho de inteligência da DIG, foi constatado que ela havia alugado um imóvel vizinho ao da vítima no condomínio utilizando documentos falsos, exatamente para planejar como mandante e executar o crime.
Escondida
De acordo com informações da Polícia Civil, havia denúncias anônimas indicando que a acusada estaria se escondendo em uma loja de piscinas pertencente ao irmão. Com atuação comprovada em diversas regiões do Estado e envolvimento direto com o crime organizado, sua prisão era considerada prioridade nas investigações conduzidas pela DIG de Americana. A operação especial teve participação ainda do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado).
DIG, Rota e Gaeco
“A mandante se passou por moradora, mulher branca, de cerca de 30 a 35 anos sendo que ela e os demais moradores quase nunca saiam ou eram vistos”, informou a Polícia Civil, em nota. “Após o crime, verificou-se que o contrato de locação foi feito mediante falsificação de documentos e dados cadastrais de contrato”, acrescentou. A Secretaria da Segurança Pública comunicou que policiais militares, em conjunto com o Gaeco, cumpriram um mandado de prisão expedido pela 6ª Região Administrativa Judiciária (6ª RAJ), de Ribeirão Preto.
Passagens
Contra Luma também havia mandado de prisão expedido pela 6ª Região Administrativa Judiciária (6ª RAJ), de Ribeirão Preto. Ela já tinha passagens pela polícia – havia sido presa em julho de 2019 pela Rota em Mairiporã/SP – estava foragida desde 2020, após o Gaeco deflagrar uma operação para prender suspeitos de integrar facções criminosas em Ribeirão Preto. De acordo com a Polícia Civil, Luma já tinha sido presa em flagrante em 2018 por andar armada com um fuzil calibre 762, pistolas e munições dentro de um compartimento secreto do veículo onde estava.
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