Nesta semana, após denúncias apontando consumo recente de substâncias psicoativas, Elon Musk compartilhou em uma rede social os resultados de dois exames: primeiro um teste de urina, seguido de um exame toxicológico feito com amostra capilar — método com janela de detecção ampla (até 6 meses) e extremamente sensível, capaz de identificar traços em níveis de picogramas.

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Musk Por que o exame toxicológico é mais robusto que o de urina?

Elon Musk vai fazer teste pra provar que não é viciado em dr.

  • O exame de urina detecta drogas consumidas apenas nos últimos 2–10 dias;
  • Já o exame capilar analisa a presença de substâncias em diferentes fases do crescimento do fio, cobrindo um período muito maior — até 6 meses;
  • Detecta substâncias em níveis de picogramas, tornando-o extremamente preciso e difícil de burlar.

O mesmo exame realizado por Musk é obrigatório no Brasil para motoristas profissionais das categorias C, D e E
O exame toxicológico é similar ao exigido no Brasil para motoristas profissionais das categorias C, D e E (admissionais, demissionais, periódicos e randômicos em janela até 30 meses), que também identifica substâncias utilizadas em até 6 meses a partir de amostras capilares. Essa abordagem garante elevada confiabilidade — fundamental para a segurança rodoviária brasileira, evitando que condutores sob efeito de drogas causem sinistros nas vias do país.

Ampliação do exame toxicológico está em debate no Brasil

A aprovação do Projeto de Lei 3965/2021 pela Câmara dos Deputados, após já ter sido aprovado pelo Senado Federal, colocou o exame toxicológico novamente no centro do debate público.

A proposta que, entre outras medidas, prevê a obrigatoriedade do exame para quem vai tirar a primeira habilitação, vem sendo discutida como parte de um esforço nacional para reforçar a segurança viária e prevenir acidentes causados pelo uso de substâncias psicoativas.

O exame toxicológico é uma medida importante para a segurança viária. Entre 2015, antes de sua obrigatoriedade, e 2017, após o início da aplicação para motoristas profissionais das categorias C, D e E, os acidentes envolvendo caminhões caíram 34% e os envolvendo ônibus 45%. Somente no primeiro ano de aplicação plena do exame, o PIB brasileiro deixou de perder 74 bilhões de reais por conta do não afastamento de profissionais do trânsito.

Além disso, de acordo com a Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), somente entre 2016 e 2019, mais de 28 mil motoristas profissionais que testaram positivo para drogas, após tratamento e reabilitação, refizeram o exame toxicológico e apresentaram resultado negativo, recuperando a aptidão profissional.

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