O Instagram vai mudar em 2026: 8 tendências que devem redefinir conteúdo, anúncios e vendas

Leia + sobre Tecnologia, ciência e celulares

O ano de 2026 no Instagram será um ponto de virada, caracterizado por uma dualidade estratégica sem precedentes. De um lado, a ascensão da inteligência artificial, que redefinirá a publicidade, transformando o profissional de marketing de um executor de tarefas manuais a um supervisor estratégico. De outro, uma resposta contínua dos consumidores e do próprio algoritmo da plataforma, que passa a valorizar a autenticidade, o conteúdo original e as conexões humanas como diferenciais competitivos. 

A análise realizada pela mLabs, plataforma de gestão inteligente de mídias sociais, detalha as oito principais tendências para 2026 que devem moldar conteúdo, comportamento, vendas e influência na plataforma.

1. Automação total no tráfego pago

O Instagram viverá uma ruptura no tráfego pago com o plano da Meta de automatizar completamente a criação e veiculação de anúncios até o final de 2026. A lógica é democratizar o acesso à publicidade, especialmente para pequenas e médias empresas que não têm equipes especializadas. “Nesse novo contexto, o profissional de marketing deixa de ser executor e passa a atuar como supervisor estratégico. Seu valor estará em fornecer briefings claros, garantir coerência de marca e ajustar a criatividade gerada pela IA”, comenta Rafael Kiso, CMO e fundador da mLabs.

2. O fim dos cookies e a ascensão do first-party data

Com a descontinuação dos cookies de terceiros e o aumento das restrições de privacidade, o first-party data se torna a “moeda de ouro” do marketing digital. Por ser coletado diretamente da audiência e com consentimento, garante conformidade com a LGPD e passa a ser fundamental para alimentar as campanhas automatizadas da Meta, cuja performance dependerá da qualidade desses dados. O movimento abre espaço para hiperpersonalização em escala, permitindo públicos mais precisos para remarketing e prospecção.

3. “Unshittification”: o retorno à autenticidade

A saturação de conteúdos gerados por IA aumenta a demanda por histórias reais, imperfeitas e emocionais. A busca por simplicidade e humanidade fortalece formatos lo-fi e reposiciona a autenticidade como diferencial competitivo. É o equilíbrio entre automação e emoção que sustenta a construção de comunidade. Esse retorno à simplicidade, apelidado de “unshittification”, recoloca a humanidade como diferencial competitivo. Marcas passam a testar novas vozes e estilos, apostando em histórias genuínas para conquistar relevância no orgânico. 

4. O domínio do vídeo e do conteúdo longo-curto

Reels continuam como prioridade do algoritmo, agora com duração estendida para até 90 segundos, valorizando retenção. O desafio para marcas e criadores será dominar o micro-storytelling, capturar o usuário em segundos e aprofundar a mensagem na sequência. Um ponto crítico é que o Instagram passará a penalizar conteúdos republicados, privilegiando produções originais. Com isso, marcas que dependem de reposts ou memes verão queda no alcance. 

5. Carrossel vira ferramenta de storytelling

A ampliação do carrossel para 20 fotos ou vídeos aprofunda o engajamento e permite desde tutoriais longos até vitrines completas de produtos. O carrossel já era um formato de alto engajamento, pois incentiva o tempo de permanência e a interação. O aumento do limite de imagens é uma resposta direta à competição com o TikTok, que permite mais fotos e tem crescido entre o público jovem.

“Essa funcionalidade oferece a oportunidade de criar uma sinergia de conteúdo: um Reels viral pode servir como a “isca”, direcionando o público para um carrossel no feed que aprofunda o tema e, por fim, a uma venda”, diz o executivo.

6. SEO social: ser encontrado importa mais do que viralizar

O Instagram se consolida como motor de busca. Diante desse cenário, aplicar SEO social torna-se indispensável. Para ganhar alcance orgânico em 2026, marcas devem otimizar nome, bio, legendas e hashtags com palavras-chave relevantes, estruturando o conteúdo para ser descoberto. “A lógica da viralização dá lugar à lógica da descoberta qualificada, e quem dominar essas práticas tende a se consolidar como autoridade no próprio nicho”, pontua Kiso.

7. Social commerce evolui além das lives

O social commerce segue em forte expansão global, mesmo diante da decisão do Instagram de encerrar o Live Shopping. A Meta agora concentra esforços em anúncios shoppable e no checkout direto na plataforma, um modelo mais escalável e alinhado ao avanço da automação por IA. Segundo o especialista, para marcas e creators, a recomendação é clara: “não depender de um único formato e focar em conteúdos que levem ao checkout, combinados a campanhas de tráfego pago otimizadas para conversão”.

8. Marketing de influência 2.0 e afiliados integrados

O marketing de influência segue em expansão global e evolui para um modelo mais orientado a resultados. O foco migra dos mega-influenciadores para micro e nano-creators, que oferecem maior engajamento e autenticidade, fator decisivo para o consumidor de 2026, que confia mais em recomendações “de proximidade” do que em celebridades.

“A fusão dos modelos permite que as marcas conduzam a jornada completa, da descoberta à compra, usando criadores como vetores de confiança e links rastreáveis como motor de performance”, conclui Kiso. 

 

+ NOTÍCIAS NO GRUPO NM DO WHATSAPP