Com queda de até 60% nos medicamentos, drogarias terão de se adaptar já em 2025
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A Reforma Tributária sobre o consumo (PEC 45/2019) entra em fase de transição em janeiro de 2026 e inaugura a convivência entre o sistema atual e o novo modelo baseado em IVA, Imposto sobre Valor Agregado. Nessa etapa inicial, começam a ser testadas a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS e Cofins, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que unificará ICMS e ISS.
Também entram em operação os novos documentos fiscais eletrônicos e o split payment, mecanismo em que o imposto é automaticamente retido no momento da venda. Para as drogarias, a mudança já impacta diretamente os preços de medicamentos, que terão redução de até 60%, além de exigir atualização tecnológica e revisão de cadastros ainda em 2025.
Segundo Fran Teixeira, tributarista e especialista de produtos tributários da Zetti, empresa brasileira especializada em soluções tecnológicas para o varejo farmacêutico, um dos principais riscos para o setor é a falsa percepção de que a adaptação só será necessária em 2033, quando o modelo atual será totalmente extinto. Ela explica que a fase de transição já exige que as drogarias estejam aptas a operar com novas alíquotas, parametrizações específicas para medicamentos e regras de convivência entre dois sistemas tributários.
“A desinformação pode levar empresários a ignorarem uma etapa crítica. A mudança começa em 2026 e ela afeta a operação no primeiro dia”, afirma.
A especialista destaca que a correta aplicação das alíquotas diferenciadas será determinante para evitar perdas financeiras.
A alíquota zero para itens essenciais e a redução de 60% para muitos medicamentos demandam precisão no cadastro de produtos, códigos NCM e regras fiscais. Além disso, o split payment altera o fluxo financeiro das drogarias, já que o imposto passa a ser retido automaticamente. “Se o sistema não estiver parametrizado com rigor, a drogaria pode perder benefícios tributários e ainda comprometer seu capital de giro por conta da retenção incorreta”, explica Fran.
Para reduzir riscos e transformar a transição em oportunidade, o Grupo Zetti antecipou todo esse cenário e preparou o sistema Vetor para operar dentro das novas exigências fiscais.
As atualizações incluem parametrização das alíquotas reduzidas, mapeamento dos impactos do split payment e configuração dos novos documentos fiscais eletrônicos. Segundo Fran, a preparação antecipada pode ser decisiva. “As drogarias que estiverem prontas até dezembro de 2025 entrarão em 2026 com estabilidade operacional e vantagem competitiva. A preparação precisa começar agora”, reforça.
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