Uma carta não identificada desafiou os vereadores barbarenses a investigar o que considera uma imoralidade. “Tem razão aqueles que dizem que o melhor emprego do Brasil é ser procurador da Câmara da cidade, afinal eles ganham como ministro, que vergonha”, atacou o missivista, que se referiu ao procurador chefe como “todo poderoso”.
O presidente da Câmara, Fabiano Pinguim (PV), foi ao ao Ministério Público solicitar a instauração de inquérito civil para apurar denúncia anônima acerca de ilegalidades no pagamento e jornada de trabalho dos ocupantes dos cargos de procurador.
O ofício foi recebido pelo promotor na semana passada e conta com as assinaturas do procurador chefe Raul Miguel Freitas de Oliveira, dos procuradores adjuntos Luiz Otávio Pereira Paula e Guilherme Zamith e do procurador Rodrigo Lorente.
Segundo o denunciante, o aumento para procurador foi de 271% e a inflação no período não passou de 12%, mas não citou qual período seria esse. Afirma que o aumento foi exorbitante, muito superior a média do estado, e acima das prefeituras e câmaras.
Também acusa o procurador chefe de organizar uma mudança na câmara entre 2009 e 2011, da qual teria sido o maior beneficiado, além de diminuir a jornada de trabalho de 40 para 20 horas semanais. O autor ainda cita valores de salários recebidos pelos procuradores e faz comparação com os pagos por cidades da região para a mesma função.
No ofício encaminhado ao representante do Ministério Público, o presidente da Câmara e os quatro procuradores requerem “imediata instauração de inquérito civil a fim de se apurar os fatos narrados na carta anônima”.