A estiagem histórica deste janeiro e fevereiro fez nova, e inédita, vítima. O lençol freático profundo que atende o poço do Jardim Colina, na Praça Hildebrando Gobbo, rebaixou a ponto de impossibilitar a captação de água. O DAE de Americana, responsável pela manutenção dos poços tubulares profundos da cidade, vai realizar avaliação técnica esta quinta mais aprofundada para estudar as reais condições do poço e que medidas devem ser adotadas para que o poço volte (se possível) a produzir. Americana é abastecida por dois lençóis freáticos, Itararé e Tubarão; os 30 poços do DAE espalhados pela cidade pertencem ao sistema Itararé. O fato de o poço do Jardim Colina ter secado deixa um alerta ainda mais sério à população. A diretora geral do DAE, Claudete Alves Pereira, explica que o poço da Colina fica a 120 metros de profundidade e está sofrendo as consequências da falta de chuva. ???Esse está entre os poços mais rasos, minha preocupação é que, se continuar esse clima de estiagem, outros poços possam secar???. Segundo Roberval de Lima, encarregado da Unidade Operacional do Sistema de Água do DAE, mais oito poços são da mesma profundidade ou mais rasos que o da Colina, (120 metros). ???Temos poços com várias profundidades, desde 96m até 330m, mas os mais rasos são os mais suscetíveis e os primeiros que sofrem os impactos, não sendo uma regra.???, explica. O poço da Colina passou por manutenção ano passado, inclusive com troca de bomba para melhorar o funcionamento. ???Amanhã vamos ter um panorama se podemos aprofundar mais o poço ou não???, ressalta Roberval.