Grande sucesso na África Ocidental, o creme Whitenicious promete clarear peles morenas e negras em apenas sete dias, deixando-as livres da hiperpigmentação, de manchas escuras e até de acnes. O produto foi desenvolvido e está sendo promovido pela popstar nigeriana Dencia – até então negra -, que utilizou o cosmético em todo o corpo e apresentou um resultado surpreendente ao exibir a cútis muito mais clara.   

Não fosse só o debate étnico sobre a discussão em torno do desejo de clarear a pele, a polêmica ainda gira em torno da formulação do produto, já que o site responsável por sua venda exclusiva no mundo inteiro traz poucas informações sobre os ativos usados em sua composição, como a aloe vera e as vitaminas C e E que, quando utilizadas em conjunto, proporcionam a despigmentação cutânea de um modo não agressivo, segundo o fabricante. 
Especialistas brasileiros contestam a formulação do produto e afirmam que apenas as vitaminas associadas a aloe vera não são suficientes para proporcionar esse efeito clareador tão rápido. 

A grande suspeita dos especialistas é de que a quantidade de hidroquinona – substância responsável pelo clareamento da cútis, que age matando as células responsáveis pela produção de melanina no corpo – utilizada na formulação do produto esteja acima do limite permitindo, fator que pode aumentar consideravelmente o risco de câncer de pele. 
A popstar afirma que a contínua marginalização dos descendentes africanos, homens e mulheres no mercado mundial de cosméticos a lavaram a criar o produto, em parceria com um renomado químico.