A Síndrome de Estocolmo Paulista

Política crítica,

A Síndrome de Estocolmo Paulista

30 de novembro de 2013

Com o final do ano se aproximando, vejo pessoas planejando viagens, decidindo o destino e até mesmo o valor que irão gastar no trajeto. Hoje eu me deparei com uma cena no mínimo curiosa porém, planejada pelo alto escalão do Governo Paulista do PSDB, enfim, testemunhei um casal conversando de frente ao banco e entre eles, se questionavam sobre o valor que gastariam até o litoral norte, entre combustível e pedágio, quando o marido disse:

– Vou gastar mais com pedágio, do que com combustível. Qual foi a minha surpresa, quando a mulher respondeu: – Mas compensa, as rodovias são boas, se formos desviar por …(esqueci o nome da cidade), não tem pedágio mas a estrada é uma “merda”.

O marido acenou a cabeça, concordando com a mulher. Neste momento pensei comigo e por alguns instantes pude apreciar melhor o plano dos Senhores Governadores Geraldo Alckmin, José Serra e do finado Mário Covas (que aliás, foi o pai dos pedágios), ou seja, “abandonaremos as rodovias não pedagiadas, deixaremos as que tem pedágios lindas e no futuro, as pessoas não mais olharão o valor pago, mas sim o benefício, enquanto nós, usaremos e abusaremos dos lucros”.

O cidadão paulista esta preso numa teia de aranha tecida pelos próprios líderes, aqueles que deveriam ser exemplos e pensar no bem-estar dos paulistas, pois, se existe uma rota alternativa ao pedágio, pode ter certeza que seu gasto será maior, afinal, um amortecedor ou um pneu estourado custa muito mais do que um pedágio, e é exatamente esta conta e esta escolha que o Governador quer que você faça, assim, pagando os pedágios e fazendo com que o dinheiro do IPVA que você paga, seja usado em outros assuntos, como no honestíssimo Metro paulista.

O PSDB, muitas vezes ressalta a qualidade das rodovias paulistas, mas só mostra aqueles que possuem pedágios, já as que não possuem eles nem comentam, sabe porque? Veja os exemplos que eu vou citar: Rodovia Geraldo de Barros – SP-191 – Santa Maria da Serra x São Manuel; Rodovia Luiz de Queiróz – SP-304 – Americana x São Pedro; Rodovia Deputado Amauri Barroso de Souza – Torrinha x Jaú; Rodovia João Mellão – Barra Bonita x Avaré (trecho não pedagiado), e; Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros – SP-294 – Marília x Panorama.

Essas são algumas das rodovias em péssimas situações, não só de asfalto, mas de falta de sinalização, desnivelamento de solo, buracos, falta de acostamento, enfim, sem qualquer apoio por parte do poder público paulista. Assim como o Papai Noel vermelho, tradicional e barbudo, foi inserido no natal como uma espécie de merchandising da Coca-cola, o Governo do PSDB, inseriu a rodovia pedagiada na cabeça do paulista, como sendo a melhor opção e sendo ainda um benefício do estado, do qual o cidadão paulista tem que agradecer os governadores do PSDB pelas rodovias lindas e seguras em troca de alguns troquinhos do pedágio.

Para finalizar, outro fato que me deixou bastante “cabreiro” e não foi há muito tempo atrás, mais precisamente em 26 de Outubro do corrente ano, quando estava me dirigindo à São Paulo pela rodovia dos Bandeirantes, no trecho entre a Anhanguera em Jundiaí, até a Marginal Tietê, me deparei com a construção da 5ª faixa de rolamento, porém, como todos sabem a Bandeirantes é administrada pela AutoBAn há mais ou menos 17 anos, mas, para o meu espanto, as obras de construção da 5ª faixa estão sendo pagas pelo Governo, pois, no KM 51, é possível ver, no cantinho direito da rodovia, uma placa do Governo Paulista, informando data de início das obras, duração estimada e valor investido (pasmem, é agora…) pelo governo.

Você e eu nos fazemos a seguinte pergunta: – Mas se é terceirizada, estas melhorias não deveriam ser bancadas pela AutoBAn? SIM… Mas o que acontece é diferente do que na teoria, e o cidadão paga duas vezes por uma mesma melhoria, pois, logo mais a frente da placa em questão existe uma praça de pedágio cujo valor (R$ 7,20) deveria servir para isso, mas na realidade, o valor usado para estas obras, sai do seu IPVA, enquanto o valor do pedágio, só Deus, Mário Covas, Serra, Geraldo e os netos do Mário Covas (proprietários da CCR – AutoBAn) sabem para onde vão. Eu ia finalizar, mas me lembrei de uma frase que criei há um tempo atrás: “O paulista sofre da Síndrome de Estocolmo, pois, paga o pedágio sorrindo e ainda agradece o ladrão que o assaltou pelos benefícios de se andar em uma estrada linda e sem dinheiro.” Do fundo do meu coração, desejo que você e sua família, tenham um excelente natal e um lindo final de ano e lembre-se, caso vá viajar, o pedágio não é um benefício, mas sim, um método para tirar de você o dinheiro que sobrou de troco do seu IPVA, DPVAT, Seguro Obrigatório, Licenciamento, imposto dos combustíveis

 Leo Toffaneto – Radialista e Bacharel em Direito.

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A Síndrome de Estocolmo Paulista

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30 de novembro de 2013

Com o final do ano se aproximando, vejo pessoas planejando viagens, decidindo o destino e até mesmo o valor que irão gastar no trajeto. Hoje eu me deparei com uma cena no mínimo curiosa porém, planejada pelo alto escalão do Governo Paulista do PSDB, enfim, testemunhei um casal conversando de frente ao banco e entre eles, se questionavam sobre o valor que gastariam até o litoral norte, entre combustível e pedágio, quando o marido disse:

– Vou gastar mais com pedágio, do que com combustível. Qual foi a minha surpresa, quando a mulher respondeu: – Mas compensa, as rodovias são boas, se formos desviar por …(esqueci o nome da cidade), não tem pedágio mas a estrada é uma “merda”.

O marido acenou a cabeça, concordando com a mulher. Neste momento pensei comigo e por alguns instantes pude apreciar melhor o plano dos Senhores Governadores Geraldo Alckmin, José Serra e do finado Mário Covas (que aliás, foi o pai dos pedágios), ou seja, “abandonaremos as rodovias não pedagiadas, deixaremos as que tem pedágios lindas e no futuro, as pessoas não mais olharão o valor pago, mas sim o benefício, enquanto nós, usaremos e abusaremos dos lucros”.

O cidadão paulista esta preso numa teia de aranha tecida pelos próprios líderes, aqueles que deveriam ser exemplos e pensar no bem-estar dos paulistas, pois, se existe uma rota alternativa ao pedágio, pode ter certeza que seu gasto será maior, afinal, um amortecedor ou um pneu estourado custa muito mais do que um pedágio, e é exatamente esta conta e esta escolha que o Governador quer que você faça, assim, pagando os pedágios e fazendo com que o dinheiro do IPVA que você paga, seja usado em outros assuntos, como no honestíssimo Metro paulista.

O PSDB, muitas vezes ressalta a qualidade das rodovias paulistas, mas só mostra aqueles que possuem pedágios, já as que não possuem eles nem comentam, sabe porque? Veja os exemplos que eu vou citar: Rodovia Geraldo de Barros – SP-191 – Santa Maria da Serra x São Manuel; Rodovia Luiz de Queiróz – SP-304 – Americana x São Pedro; Rodovia Deputado Amauri Barroso de Souza – Torrinha x Jaú; Rodovia João Mellão – Barra Bonita x Avaré (trecho não pedagiado), e; Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros – SP-294 – Marília x Panorama.

Essas são algumas das rodovias em péssimas situações, não só de asfalto, mas de falta de sinalização, desnivelamento de solo, buracos, falta de acostamento, enfim, sem qualquer apoio por parte do poder público paulista. Assim como o Papai Noel vermelho, tradicional e barbudo, foi inserido no natal como uma espécie de merchandising da Coca-cola, o Governo do PSDB, inseriu a rodovia pedagiada na cabeça do paulista, como sendo a melhor opção e sendo ainda um benefício do estado, do qual o cidadão paulista tem que agradecer os governadores do PSDB pelas rodovias lindas e seguras em troca de alguns troquinhos do pedágio.

Para finalizar, outro fato que me deixou bastante “cabreiro” e não foi há muito tempo atrás, mais precisamente em 26 de Outubro do corrente ano, quando estava me dirigindo à São Paulo pela rodovia dos Bandeirantes, no trecho entre a Anhanguera em Jundiaí, até a Marginal Tietê, me deparei com a construção da 5ª faixa de rolamento, porém, como todos sabem a Bandeirantes é administrada pela AutoBAn há mais ou menos 17 anos, mas, para o meu espanto, as obras de construção da 5ª faixa estão sendo pagas pelo Governo, pois, no KM 51, é possível ver, no cantinho direito da rodovia, uma placa do Governo Paulista, informando data de início das obras, duração estimada e valor investido (pasmem, é agora…) pelo governo.

Você e eu nos fazemos a seguinte pergunta: – Mas se é terceirizada, estas melhorias não deveriam ser bancadas pela AutoBAn? SIM… Mas o que acontece é diferente do que na teoria, e o cidadão paga duas vezes por uma mesma melhoria, pois, logo mais a frente da placa em questão existe uma praça de pedágio cujo valor (R$ 7,20) deveria servir para isso, mas na realidade, o valor usado para estas obras, sai do seu IPVA, enquanto o valor do pedágio, só Deus, Mário Covas, Serra, Geraldo e os netos do Mário Covas (proprietários da CCR – AutoBAn) sabem para onde vão. Eu ia finalizar, mas me lembrei de uma frase que criei há um tempo atrás: “O paulista sofre da Síndrome de Estocolmo, pois, paga o pedágio sorrindo e ainda agradece o ladrão que o assaltou pelos benefícios de se andar em uma estrada linda e sem dinheiro.” Do fundo do meu coração, desejo que você e sua família, tenham um excelente natal e um lindo final de ano e lembre-se, caso vá viajar, o pedágio não é um benefício, mas sim, um método para tirar de você o dinheiro que sobrou de troco do seu IPVA, DPVAT, Seguro Obrigatório, Licenciamento, imposto dos combustíveis

 Leo Toffaneto – Radialista e Bacharel em Direito.

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