do BrasilPost-
Conheça John. Ele prefere não ser identificado, mas diz que é divorciado, tem 60 anos e vive na Austrália. E é tudo que podemos saber deste investigador particular que, pasmem, ganha a vida fazendo sexo com prostitutas em Sydney. Não, você não leu errado: ele recebe dinheiro para isso.
Não duvido que a ala masculina que passar o olho nessa história irá invejá-lo. Seria esse o melhor emprego do mundo? John dá de ombros, em entrevista ao site Australian News.
“Tenho certeza absoluta que alguns ficariam com inveja de como estou obtendo algum dinheiro de tempos em tempos. Mas estou sendo pago para fazer algo que as pessoas pagam um bom dinheiro para ter. Na maioria das vezes é só uma punheta. Não é o típico emprego das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. Não há restrições de tempo, e nunca houve um momento em que me senti ameaçado ou preocupado com a minha segurança”.
A explicação sobre a profissão de John é simples: a missão dele é obter evidências sobre prostíbulos ilegais, fazendo-se passar por um cliente qualquer. As vagas foram criadas após o Hornsby Council perder uma batalha judicial de US$ 100 mil contra uma casa de massagem que, na realidade, funcionaria como um bordel. O conselho falhou em apresentar provas.
Foi aí que entrou o “caça-prostíbulos” John (sem trocadilhos) e seus colegas. sim, há mais investigadores nessa mesma área. O investigador precisa escrever relatórios detalhados, exibindo as evidências de que aparentes casas de massagem e sex shops funcionam como prostíbulos, violando suas licenças.
É uma situação que virou uma dor de cabeça para as autoridades australianas desde os anos 90, quando a indústria do sexo foi descriminalizada. John se considerando sortudo por ter tal trabalho, que em geral ele realiza uma vez a cada três semanas. Da família, apenas um dos seus dois filhos já adultos sabem o que ele faz para sobreviver.
“Ele se diverte e está muito impressionado. Eu já contei a algumas pessoas, mas não é algo que você sai contando por aí. Só se alguém te pergunta em um pub, por exemplo. Nada mal para um homem que já está aposentado, não é? Definitivamente”, finalizou o investigador.