A execução pela Arábia Saudita do proeminente clérigo xiita Nimr al-Nimr causou revolta e protestos em comunidades xiitas pelo Oriente Médio.Al-Nimr era conhecido por verbalizar o sentimento da minoria xiita na Arábia Saudita, que se sente marginalizada e discriminalizada, e foi crítico persistente da família real saudita. Acredita-se que tivesse um grande número de seguidores entre jovens xiitas sauditas.Ele e outras 46 pessoas foram executadas no sábado, após serem condenadas por crimes de terrorismo.Em represália à execução, manifestantes atacaram a embaixada saudita em Teerã na noite de sábado. Queimaram imagens do rei saudita, Salman, e chegaram a incendiar parte do edifício. A polícia dispersou o protesto e cerca de 40 pessoas foram detidas.A família do clérigo disse que entre as condenações incluia a acusação de “interferência estrangeira” no reino, mas seus apoiadores dizem que ele apenas defendia demonstrações pacíficas e era contrário à oposição violenta ao governo.Ele foi, inclusive, um grande apoiador dos protestos na região leste saudita, de maioria xiita, em 2011. No ano seguinte, sua prisão – na qual ele foi baleado – gerou dias de manifestações nesta área, que resultaram na morte de três pessoas.O clérigo havia sido detido várias vezes nos últimos 10 anos e, em uma das ocasiões, disse ter apanhado de agentes da polícia secreta saudita.