Depressão pode ter risco hereditário, dizem pesquisadores (Foto: FreeImages.com/Anna B.)
Cientistas descobriram nesta segunda-feira (1º) novas evidências de um risco hereditário para a depressão e revelaram 17 variações genéticas ligadas ao transtorno depressivo maior (MDD).A descoberta deverá aumentar a compreensão da biologia por trás do MDD e abrir caminhos para tratá-lo, afirmou a equipe em artigo publicado na revista científica “Nature Genetics”. O MDD, mais conhecido simplesmente como depressão, é considerado um transtorno mental que a maioria dos especialistas acredita que seja causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é uma das principais causas de invalidez no mundo todo, afetando cerca de 350 milhões de pessoas.
O transtorno pode causar mudanças de humor, fadiga e perda de sono e de apetite. O novo estudo é o primeiro a encontrar associações genéticas com o MDD entre pessoas de ascendência europeia. A única evidência de DNA encontrada anteriormente havia sido entre asiáticos.
A equipe usou dados disponíveis on-line – os perfis genéticos de mais de 450.000 pessoas, compartilhados voluntariamente para serem usados nesse tipo de pesquisa. Entre elas, cerca de 121.000 relataram um histórico de depressão.

As variantes genéticas compartilhadas estavam em locais do genoma envolvidos no nascimento de neurônios no cérebro em desenvolvimento, disseram os pesquisadores.