O crescimento dos grandes centros urbanos traz consequências que preocupam a administração pública, e entre as principais está a coleta e destinação de resíduos, oriundos da indústria, construção ou domésticos. Somos, no Brasil, mais de 205 milhões de habitantes, segundo dados do primeiro semestre de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e coletamos, entre 2014 e 2015, cerca de 195 mil toneladas de resíduos sólidos por dia no país. Dono da maior população (aproximadamente 44 milhões de habitantes), e principal polo econômico/industrial brasileiro, o Estado de São Paulo atingiu a marca de 60 mil toneladas de resíduos sólidos coletadas por dia, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza (Abrelpe). De acordo com a instituição, 76,8% do material descartado são destinados a aterros sanitários, 15% a aterros controlados e 8,2% a lixões. Para gerir e criar políticas de destinação adequadas destes materiais nos municípios paulistas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente desenvolveu o Índice de Gestão de Resíduos Sólidos (IGR). A análise dos indicadores sobre a gestão de resíduos é convertida em uma avaliação de 0 a 10 resultando em um indicativo denominado Índice de Qualidade de Gestão de Resíduos Sólidos (IQG) para cada munícipio paulista e sua análise é dividida em quatro categorias: instrumentos para a política de resíduos sólidos, programas ou ações municipais, coleta e triagem, tratamento e disposição.