Constituição Federal: Artigo 5º, ¨ todos são iguais perante a lei…etc¨

Nos últimos tempos, mais especificamente, após a proliferação dos celulares munidos de câmeras, surgiu no Brasil e proliferou uma nova anomalia: a ¨Síndrome da Autoridade¨.

Tudo é gravado, filmado, registrado e repassado, sem qualquer filtro, como se após essa divulgação, na maioria das vezes exibicionista, tivesse o condão de isentar alguém de ato ilícito ou transforma lo como passe de mágica em vitima ou mesmo utilizado como uma espécie de legítima defesa prévia, o que é ledo engano.

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Mais comum, o tipo de evento citado, tem como alvo principal as necessárias e úteis abordagens policiais.

Acima da lei? por Major Crivelari

Sujeito desavisado do fato ou da ação policial, utiliza a câmera do celular mostrando seu inconformismo com a legal abordagem policial, ação que preventivamente, evita milhares de delitos diariamente em nosso país.

As abordagens, feitas de maneira legal, dentro dos padrões operacionais de comportamento seguro tanto para o abordado como para o agente da lei, tem causado a ira quando encontra pela frente detentores de poderes de qualquer esfera do estado democrático de direito, de pessoas de status social elevado ou mesmo de cidadão que se julga acima da lei e da ordem.

Aí aflora nesse incauto desavisado a famigerada ¨síndrome de autoridade¨, como se isso bastasse para isenta-lo de tal procedimento. O tipo citado aplaude e até pede, quando tem poder para tal, esse tipo de ação para os outros, mas não quer se submeter a tal abordagem e revista de identificação. Só vale para os outros, mas não para ele, autoridade de qualquer esfera do mundo político, para detentor de cargo ou função, na maioria das vezes outorgada pelo próprio povo e se nega ou faz estardalhaço gratuito ao submeter-se a esse tipo de tratamento.

Se julgam acima do bem e do mal, se declaram conhecedores da lei, ou amigo ou parente de fulano de tal e se negam a qualquer custo a reconhecer o procedimento policial padrão, como se o agente, que age em nome do Estado, tivesse a obrigação através de bola de cristal de conhecer o abordado e saber de suas intenções.

Eu mesmo, policial veterano, com patente superior, com porte de arma legal, já fui abordado várias vezes e só me identifiquei ao término da abordagem e jamais me senti humilhado, muito pelo contrário, me senti seguro, até porque, quem nada deve nada teme.

Já passou da hora dessa malfadada síndrome de autoridade, descer do patamar esdruxulo onde se julga estar e passar a colaborar com as forças policiais, pois cumprir a lei e a boa conduta é dever de todos, não importando o cargo ou o status social que ocupe.

MAJOR CRIVELARI

VETERANO DA POLICIA MILITAR

 

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