Todo mundo que começa a pesquisar sobre o universo fitness já ouviu que quem quer hipertrofia deve evitar os exercícios aeróbicos. O profissional de Educação Física da Growth Supplements, Leandro Twin, explica que esse é um dos principais mitos sobre os aeróbicos e conta que eles podem contribuir para impulsionar a hipertrofia muscular.
“O cardio feito de forma intensa aumenta sua competência de hipertrofia porque melhora sua capacidade cardiorrespiratória. Quando o seu coração e o seu pulmão estão ‘sobrando’, você consegue levar seu músculo até a exaustão”, explica Twin. Em outras palavras, um sistema cardiorrespiratório eficiente permite que você treine com mais intensidade e por períodos mais longos, potencializando os ganhos musculares.
Mitos relacionados ao aeróbico
Outro mito comum é o de que fazer aeróbico após um treino de pernas pode comprometer os resultados. “O único motivo pelo qual não é recomendável o aeróbico depois de treinar perna é para evitar o desgaste. Além disso, a maior parte das pessoas não rende bem depois de se esforçar tanto nos exercícios de perna. Recomendo pular o aeróbico no dia de perna e compensar o tempo nos outros dias”, comenta o personal trainer
Frequência e intensidade
Mas, com que frequência se deve fazer cardio? Para aqueles cujo objetivo principal é a musculação, Twin recomenda a inclusão de aeróbicos de alta intensidade, como o HIIT (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade), ou um aeróbico alimentado, onde se mantém uma frequência cardíaca acima de 140 bpm por, pelo menos, 15 a 20 minutos, três vezes por semana. “Para ter uma musculatura bem definida, você precisa ter um bom condicionamento cardiorrespiratório. Sem esse condicionamento, é comum que o coração e os pulmões falhem antes dos músculos falharem, especialmente em exercícios de perna e dorsal”, reforça o personal.
Alta intensidade, no cardio, auxilia a hipertrofia muscular
Benefícios adicionais
Twin explica que, além de melhorar a capacidade cardiorrespiratória, o aeróbico intenso também melhora a sensibilidade à insulina, tornando o metabolismo mais eficiente e auxiliando na queima de gordura. Isso é indispensável para quem busca não apenas aumentar a massa muscular, melhorar o condicionamento físico e manter um percentual de gordura corporal baixo.
Pré ou pós-treino?
A inclusão do aeróbico na rotina de treinos pode variar conforme o objetivo. Se a prioridade é melhorar o condicionamento físico, Twin sugere fazer o aeróbico antes do treino de musculação. “Antes, você vai ter mais disposição e mais melhorias aeróbicas. Mas aí estará um pouco cansado para os exercícios de força”, explica. No entanto, se o foco principal é o ganho de massa muscular, o ideal é realizar o treino de musculação primeiro. “Assim, você estará com mais disposição para os exercícios de força”, recomenda Twin.
Incorporar exercícios aeróbicos intensos na rotina de treinos pode ser altamente benéfico para quem busca aumentar a massa muscular. A chave está em entender como e quando incluir esses exercícios para maximizar os resultados. “Não tenha medo de incluir o o aeróbico intenso na rotina de treinos, tenha medo de comer pouco ou comer errado e de faltar disposição para as atividades físicas”, resume Twin.
Miss fitness, Wanessa Angell revela luta contra a vigorexia
Por onde passa, Wanessa Angell, 35 anos, chama a atenção por seu corpo definido e cheio de curvas. Eleita Miss fitness e Musa do Brasileirão, ela estrelou novo ensaio e revelou nos bastidores a sua luta contra a vigorexia até pouco tempo. Trata-se de um distúrbio que faz com que a pessoa fique sempre insatisfeita com a própria aparência e busque um visual mais sarado.
Vítima de bullying na adolescência, passou a fazer dietas malucas em busca do corpo perfeito. E se deu mal. Diagnosticada com pancreatite aguda grave foi parar no hospital e quase morreu. Na época, viveu à base de água e soro em quantidades mínimas. O organismo demorou para reagir e ela teve que mudar seus hábitos.
“Eu fazia tudo que via na internet. Ficava horas sem comer, fazia dieta da sopa, da lua e até do gelo (risos), eram coisas malucas de verdade. Mas eu não tinha a consciência que tenho hoje. Depois usei remédios, inclusive o Ozempic, hormônios e até chás naturais. Gastei muito dinheiro nessa época, joguei mais de R$ 60 mil em ‘coisas milagrosas’. Foi triste. Fui muito influenciada por famosas e influencers. Copiava dietas, usava tudo que elas anunciavam”, lamenta.
Sempre insatisfeita com o seu corpo, no início Wanessa estava determinada a emagrecer. Chegou a pesar 90kg, quando o ideal era 56kg. Nesse período, desenvolveu bulimia e chegou a ficar esquelética. Perdeu peso e chegou a 46kg. Meses depois, voltou a engordar numa espécie de efeito rebote.
“Foi então que decidi procurar de fato ajuda médica e fui diagnosticada com vigorexia. Nunca estava feliz com meu corpo, sempre queria mudar radicalmente. E isso não fazia bem. Fui várias vezes para o hospital com mal-estar. Não estava saudável e nem feliz. Eu vivia em guerra com o espelho. Vi a morte de perto”.
Para se recuperar, Wanessa começou tratamento terapêutico com nutricionista, personal e endocrinologista. Há 7 anos ela deu a volta por cima e está saudável. Foi a sua própria história – e seus dramas – que a fizeram buscar a faculdade de nutrição. Formada com pós-graduação e especialização, hoje ela se dedica a ajudar outras pessoas.