Já se aproxima mais um 1º de Maio e, em 2021 podemos celebrar esse dia com um pouco mais de esperança. No primeiro ano da pandemia do Covid 19 o Brasil viveu o mesmo feriado com mais de 12 milhões de desempregados. Esse ano, iniciamos o quinto mês com o aumento de 659.780 novos empregos formais somente no primeiro bimestre.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram mais de 401 mil carteiras assinadas em fevereiro, o que nos traz a expectativa de retomada da economia e alegria do trabalhador. Os números parecem pequenos para um país de 211 milhões de habitantes, mas é o recomeço para muitas famílias.
O desemprego em massa gerou muito mais do que a quebra na economia brasileira, mas um problema social que pode levar anos para ser revertido.
O trabalho é a principal ocupação na idade adulta e sem ele muitas coisas saem fora de ordem. Mais de 40% da população sentiu sintomas de ansiedade ou depressão desde o início da pandemia.
Contudo, toda essa reviravolta também trouxe coisas boas ao cenário do trabalhador. A Agência Brasil divulgou recentemente que o percentual de companhias que adotou o teletrabalho durante a quarentena foi maior no ramo de serviços hospitalares (53%) e na indústria (47%). Entre as grandes empresas, o índice das que colocaram os funcionários em regime de home office ficou em 55% e em 31%, entre as pequenas. Um terço do total das empresas (33%) disse que adotou um sistema parcial de trabalho em casa, valendo apenas em alguns dias da semana.
A princípio seria apenas uma estratégia imediata para resolver um problema passageiro, e fim das contas as empresas viram vantagens financeiras, o trabalhador pôde passar mais tempo com a família, outros serviços e produtos passaram a ser solicitados e até o meio ambiente ganhou com a redução de emissão de gás carbono e outros poluentes.
No Dia do Trabalhado, celebremos o privilégio de ter um ou de gerar um emprego para alguém e juntos reconstruirmos o país.
José Odécio de Camargo Junior – é Advogado