Os bebês treinam movimentos de sucção desde a gestação. Por isso, ao nascerem, costumam buscar o aconchego do seio, sempre que lhe é dado o direito de ir para o colo da mãe. Esse instinto acaba sendo uma resposta natural que reforça a importância da golden hour, um processo de extremo valor para a saúde tanto do recém-nascido quanto da puérpera.
A Organização Pan-Americana de Saúde alerta que a amamentação na primeira uma hora após o nascimento é importante para transmitir nutrientes e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico do neném. Esse contato ajuda a mantê-lo protegido contra os riscos de infecções, doenças crônicas e mortalidade neonatal. Mas, além disso, estabelece o vínculo de afeto entre mãe e filho.
Tipos de leite materno
A produção do leite materno acompanha as necessidades de cada fase do recém-nascido. O leite produzido no pós-parto se chama colostro, e é rico em vitaminas, sais minerais, proteínas, lactose e macrófagos, substâncias responsáveis por proteger o bebê. Por volta do 5º dia, a composição do leite muda para suprir a demanda do recém-nascido. Com o passar das semanas, o aleitamento materno ganha maior valor calórico, lipídios e carboidratos para atender a demanda da fase de crescimento.
Em razão da adequação que o próprio organismo da mãe promove é que os pediatras e as organizações ligadas à saúde contraindicam a inserção de outras fontes de alimentos e líquidos durante os primeiros 6 meses de vida. Afinal, o leite materno oferece tudo que o lactente necessita neste primeiro semestre, inclusive água. Diversos estudos comprovaram que a amamentação exclusiva está relacionada com o crescimento saudável das crianças, bem como com o desenvolvimento cognitivo e emocional.
Formas de amamentar
Que o aleitamento materno se sustenta como a melhor opção para a saúde infantil, não restam dúvidas. Porém existem mães que encontram dificuldades para produzir leite e/ou não podem amamentar os seus filhos. Esse é o caso, por exemplo, de mulheres que, durante a amamentação, recebem o diagnóstico de câncer. Na fase do tratamento oncológico, o aleitamento precisa ser interrompido, devido aos riscos das substâncias farmacológicas chegarem até o bebê.
Nas situações em que não se pode ou consegue amamentar, surgem duas alternativas para garantir a saúde e nutrição do recém-nascido: os bancos de leites públicos ou a fórmula. Por causa da disponibilidade e do custo-benefício, a maioria dos pediatras indica a segunda opção, até porque atualmente existem no mercado fórmulas modernas que comprovaram cientificamente a sua capacidade de passar os nutrientes necessários para que o bebê cresça forte e saudável.
Em resumo, a amamentação conduzida pelo seio materno ou com uso exclusivo e/ou complementar de uma mamadeira faz parte de um compromisso social que busca garantir o direito à saúde dos pequenos desde o nascimento. A OMS recomenda que a introdução de alimentos pastosos e sólidos deve ser feita apenas após os 6 meses completos, pois é quando o estômago e a flora intestinal da criança estão preparados para receber outras formas de nutrientes.