O município de Americana foi homenageado nesta sexta-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com menção honrosa por apresentar elevado percentual de exames realizados para detecção do vírus HIV em pacientes com tuberculose, cuja taxa atual está acima dos 90%.
A menção foi apresentada ao secretário municipal de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira, durante reunião da Comissão Intergestora Regional (CIR), da Região Metropolitana de Campinas, que ocorreu na Unicamp. Porém, ela já havia sido confirmada no dia 20 de setembro, durante a webconferência do Fórum Estadual da Tuberculose, após avaliação sobre os dados epidemiológicos fornecidos pelo serviço de assistência local, por meio do Ambulatório de Tuberculose e SAE (Serviço de Assistência Especializada em Infectologia).
Além de Americana, os municípios de Campinas, Hortolândia e Indaiatuba também receberam a honraria no mesmo quesito. Ou seja, Americana está entre os quatro municípios do estado de São Paulo que conseguiram atingir a meta em relação aos exames nos últimos 12 meses.
A Secretaria Estadual realiza avaliações periódicas dos indicadores epidemiológicos em nível estadual e municipal do programa de tuberculose, sendo que Americana se destacou por ter atingido a meta de cobertura na assistência aos pacientes acompanhados pelo programa.
“Recebemos com muita alegria esta menção honrosa, pois isto mostra que estamos oferecendo uma assistência eficiente e de qualidade aos nossos pacientes. Eu aproveito a ocasião para também parabenizar todos os profissionais que atuam no controle da tuberculose e HIV-Aids do município, afinal, são eles os responsáveis por esta conquista”, declarou o secretário de Saúde, Danilo Carvalho Oliveira.
Todos os pacientes diagnosticados com tuberculose devem ser submetidos ao exame para HIV, conforme preconizado em protocolo do Ministério da Saúde. Os exames são realizados pelo SAE e os pacientes assistidos pelo Ambulatório de Tuberculose. Atualmente 70 pacientes são acompanhados pelo setor.
De acordo com o SAE, o município não consegue atingir 100% de exames porque há muitos indivíduos portadores de tuberculose que já chegam com o vírus HIV, assim como outros que vão a óbito e o serviço especializado recebe o diagnóstico de tuberculose tardiamente.
“Infelizmente não é possível garantir cem por cento de rastreamento, pois há algumas situações impeditivas, como óbitos de pacientes que não buscaram antes o tratamento, ou seja, com diagnóstico tardio. Por isso a importância de se investigar a doença, porque se uma pessoa apresentar tosse produtiva, febre noturna, suor excessivo e perda de peso, ela deve procurar a unidade básica de saúde a fim de fazer o teste de escarro para a Tuberculose”, esclareceu a enfermeira e coordenadora do SAE, Mariah Aparecida Assalone Pereira.