A Vigilância Epidemiológica de Americana confirmou duas mortes por febre maculosa no município. Os óbitos ocorreram no final de abril, mas os laudos confirmatórios saíram no dia 19 de maio.

Um dos casos se trata de um homem de 38 anos, residente no bairro Boer. No dia 13 de abril ele começou a apresentar febre, redução na quantidade de urina, dores musculares, prostração e convulsão. O paciente foi internado no dia 17 de abril em hospital público, onde permaneceu até a data do óbito, em 30 de abril. Segundo o levantamento feito pelos técnicos do Programa de Vigilância e Controle de Carrapatos e Escorpiões (PVCE), o provável local de contaminação foi às margens da represa Areia Branca, em Santa Bárbara D’Oeste.

O segundo caso ocorreu com um homem de 56 anos, residente no bairro Chácara Letônia. Os sintomas tiveram início no dia 25 de abril, apresentando febre, prostração, dores musculares e falta de ar. Foi internado no dia 29 de abril em hospital particular e faleceu em 30 de abril. De acordo com a Vigilância, o local provável de infecção é a Fazenda Angélica, onde o paciente residia e também administrava.

De janeiro a 27 de maio deste ano, Americana notificou quatro casos de febre maculosa, sendo um positivo autóctone, um positivo importado, um descartado e um aguardando resultado. Os dois casos positivos foram a óbito.

A Secretaria de Saúde pede aos munícipes para que evitem as áreas de risco e, caso seja necessária a frequência nestes locais, que se tomem os seguintes cuidados:

– Utilizar roupas claras porque facilitam a visualização dos carrapatos;

– Colocar a barra das calças dentro das meias e calçar botas de cano alto;

– Examinar o corpo cuidadosamente a cada três horas pelo menos, porque esses carrapatos transmitem a bactéria causadora da Febre Maculosa depois de algumas horas após a picada na pele;

– Tenha cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado à pele, fazendo-o mediante uma leve torção.

Se em um período de dois a 14 dias após frequentar estes locais, o indivíduo apresentar febre alta, dores no corpo, dores de cabeça, calafrios e manchas avermelhadas na pele, deve procurar imediatamente o serviço de saúde e, no momento da consulta, informar ao médico sobre o contato com carrapatos.

 

Áreas de risco delimitadas pelo PVCE em Americana

 

Área da Carioba: Pesqueiros do Rio Piracicaba, próximos ao parque têxtil da Rua Carioba.

Área da Casa de Cultura Herman Müller: Mata ciliar adjacente ao Ribeirão Quilombo.

Área do Rio Jaguari: Região pós-represa do Salto Grande (chácaras nas proximidades da Colônia Agrícola do Sobrado Velho).

Área do Museu Histórico: Pesqueiros na confluência dos rios Atibaia e Jaguari.

Área do Assentamento Milton Santos: Matas ciliares do Rio Jaguari e Córrego Jacutinga

Área da ponte do Rio Piracicaba, sobre a Rodovia Anhanguera: Pesqueiros locais

Área do Rio Piracicaba: Pesqueiros nas proximidades do Centro de Detenção Provisória de Americana (CDP).

Área da represa do Jardim Imperador: Residencial Portal dos Nobres

Área da Praia dos Namorados: Orla da Represa do Salto Grande

Área do Bairro Mirandola: Pastos e matas periféricas

Área da Praia do Zanaga: Braço da Represa do Salto Grande entre os bairros Antônio Zanaga e Vale das Nogueiras.

Área da Usina da CPFL: Represa do Salto Grande.

Área do Ribeirão Quilombo: Toda a extensão.

Área verde do Parque Nova Carioba: Mata ciliar do córrego Bertini.

 

Morte por suspeita por dengue

A Vigilância Epidemiológica de Americana registrou uma morte suspeita por dengue, ocorrida no dia 9 de maio. O paciente era um homem de 46 anos, morador do bairro Jardim Esperança. No dia 1º de maio ele começou a apresentar sintomas como febre, dor no corpo e manchas pelo corpo, procurou hospital particular no dia 6 e permaneceu internado até a data do óbito. A vigilância aguarda resultado do Instituto Adolfo Lutz.

Até 27 de maio, data da última atualização, Americana contava com 785 casos notificados de dengue. Desse total, 321 são positivos, 459 negativos e cinco aguardando resultado de exames. Não há nenhum óbito confirmado.