O engenheiro de 32 anos preso em flagrante na manhã da última quarta-feira (1º) em Sumaré, acusado de sufocar até a morte o próprio cão e depois golpear com faca o corpo do animal, já está solto. Uma audiência de custódia permitiu que ele fosse solto e passe a responder em liberdade pelo crime brutal e que chocou a muita gente no condomínio no bairro Parque Real. O animal da raça Shih Tzu tinha pouco mais de um ano e teria sido morto durante um possível surto psicótico do tutor, cuja esposa estava na casa e chegou a realizar filmagens do ocorrido.

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O ato de extrema crueldade animal chocou os moradores do condomínio e de toda a região. O acusado, H.A., foi contido pela Polícia Militar após acionamento pela esposa devido ao comportamento descontrolado, inclusive ameaçando-a antes de assassinar brutalmente o cão. Ela acionou as autoridades e aguardou os policiais na portaria do prédio. Ao entrar no imóvel, os PMs encontraram o suspeito nu e ainda armado com uma faca, golpeando o corpo do cãozinho, que já havia sido estrangulado e esquartejado.

 já está solto. Uma audiência de custódia

Cena deplorável

A cena foi considerada deplorável até mesmo por policiais experientes. Mesmo com ordem para largar a arma, H. resistiu à prisão e demonstrava estar em surto. Após ser contido, ele foi encaminhado ao hospital e seguiu sob acompanhamento. A Delegacia de Proteção Animal (CADE) de Sumaré foi acionada e acompanhou o desdobramento da ocorrência, que teve ainda a presença dp vereador Alan Leal (PRD), de Sumaré, que foi acionado e esteve no local, além de acompanhar o corpo do animal para avaliação médica.

Tanto o engenheiro quanto o interior do apartamento estavam cobertos de sangue. Uma equipe do IC (Instituto de Criminalística) da Polícia Civil periciou o imóvel. A informação era que o acusado foi encaminhado a um hospital particular de Campinas e, posteriormente, transferido para uma unidade psiquiátrica em Indaiatuba, com escolta policial. Após ser medicado, o engenheiro foi apresentado no plantão policial de Sumaré, onde o delegado de plantão determinou sua prisão em flagrante por maus-tratos a animais, com agravante de morte.

Vereadora critica “impunidade”

A vereadora de Nova Odessa, Priscila Peterlevitz (União), é integrante do grupo Cadeia Para Maus-Tratos e criticou a liberdade provisória do acusado. “Tamanha crueldade que esse homem cometeu. A quem interessa a impunidade de um agressor, que por livre e espontânea vontade tira a vida de um ser indefeso?”, questionou. “Hoje ele fez isso com um animal, friamente. E amanhã?, indagou a vereadora, que faz apelo às autoridades. “Ele está solto e em nosso meio. Sumaré é logo ao lado. A causa animal precisa ser levada mais a sério”, completou.

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