Após saber da interdição da rua que interliga a Avenida João Pessoa à Avenida Eddy de Freitas Crissiúma, interditada pela Prefeitura de Nova Odessa, o ex-prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PL) se manifestou no sentido de ressaltar a importância da mobilidade urbana. A via é resultante do prolongamento da Avenida João Pessoa, uma espécie de atalho e que gerou reclamação de moradores do Condomínio Residencial Imigrantes, devido à poeira levanta pelos veículos.

O ponto principal criticado por Bill é o fato do atual prefeito, Cláudio Schooder-Leitinho (PSD), ter dito que a rua “leva do nada a lugar nenhum”, além de responsabilizá-lo pelo precatório de R$ 6 milhões pago pela desapropriação de área anexa ao local. O trecho em questão margeia o muro do condomínio e fica nas proximidades da Câmara Municipal, onde existe também perto uma academia, uma escola infantil e uma igreja.

A via foi viabilizada graças à desapropriação de uma área em 2015, ainda no governo Bill. Entretanto, a empresa Sun Bloom Participações Ltda cobrou na Justiça a indenização por desapropriação indireta contra a Prefeitura, impetrada em 21 de novembro de 2019. A sentença da ação principal condenando o município a pagar foi publicada no dia 25 de setembro de 2020. Em maio passado, a Prefeitura quitou os R$ 6 milhões pela desapropriação.

Fala, Bill

“Lembrando que o valor do precatório não chegava a R$ 2 milhões. Houve atraso no pagamento. A dívida era para ser quitada em 2021. O governo (Leitinho) empurrou com a barriga e a dívida aumentou por falta de gestão”, critica Bill. “Então devemos deixar bem claro: em 2021 o caixa da Prefeitura tinha R$ 34 milhões. Isso mesmo, dinheiro em caixa. Triste saber que (o prefeito) se utiliza de uma obra importante para dizer que recebeu dívida do governo passado”, aponta.

Devido a esse motivo, o ex-prefeito refuta a pecha dada pelo atual chefe do Poder Executivo de que seria o responsável pelo precatório de valor tão alto. “E os R$ 34 milhões de dinheiro em caixa, onde foi parar?”, questiona Bill. Esta semana a reportagem percorreu o trecho interditado e constatou motoristas parando veículos e removendo as barreiras para continuar acessando a via. A Prefeitura informou que a rua foi fechada porque “não oferece condições adequadas de segurança e infraestrutura”.