(Reuters) – O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, está estável, embora seu quadro seja grave, após ter passado por uma cirurgia de emergência considerada bem-sucedida depois de ter sido esfaqueado durante ato de campanha na cidade mineira de Juiz de Fora.
Líder na corrida presidencial, Bolsonaro sofreu lesões nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal, em decorrência de um único, porém profundo, golpe de faca.
Um vídeo, feito por celular, mostrou o momento do ataque. Bolsonaro era carregado nos ombros por simpatizantes, quando sofre a facada na região do abdômen. Outro vídeo o mostrou sendo carregado após sofrer o ataque, com o que parecia ser um pano sobre o local do ferimento.
Os médicos que participaram da cirurgia disseram que o intestino delgado foi costurado, mas não foi feita uma emenda na área atingida no intestino grosso, optando-se pela ligação com uma bolsa externa. A hemorragia causada pela lesão na veia, apontada como a mais grave pelos cirurgiões, foi estancada.
???Era uma perda sanguínea grande no abdômen por essa lesão vascular. Ele chegou em estado de choque e essa era a principal lesão que o colocava em risco de vida???, disse o médico Luiz Henrique Borsato, um dos que participou da cirurgia no candidato do PSL. Ele classificou como ???satisfatória??? as primeiras horas de recuperação pós-operatória.
???O intestino delgado foi costurado e o intestino grosso não. A gente retirou a parte que estava lesada e a gente não fez a emenda do intestino. A gente optou por fazer a colostomia de caráter temporário???, disse Borsato. Na colostomia, parte do intestino é colocado em uma bolsa externa na parede abdominal. Posteriormente, Bolsonaro terá de passar por nova cirurgia para reverter o procedimento.
Os médicos afirmaram que o tempo mínimo de hopitalização deve ser de uma semana a 10 dias. Sem querer prever um prazo para a recuperação do deputado, disseram que no momento ele não tem condições clínicas para ser transferido a outro hospital. Uma equipe do Hospital Sírio-Libanês voará de São Paulo para acompanhar o caso e, quando Bolsonaro estiver estabilizado, ele poderá ser transferido.
Segundo os médicos, o candidato se encontrava consciente e respirando espontaneamente. Mas ressaltaram que há risco de infecção e, por isso, ele está sendo tratado com antibióticos.