A gerente de integração e Desenvolvimento Tecnológico da Sanasa, Adriana Vahteric Isenburg, disse na sexta-feira passada durante seminário ???O Futuro da Água em Campinas???, realizado na Câmara Municipal, que a cidade necessita de um aumento de 50% no volume de água oferecido hoje pelo Sistema Cantareira.
No seminário ??? organizado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara ??? ela disse que Campinas é preciso saltar dos atuais 4 m3/s para 6m3/s. Segundo ela, a situação crítica tanto da Bacia do Alto Tietê (Região Metropolitana de São Paulo), quanto do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) ???demandam novas alternativas de abastecimento???.
???Para viabilizar o abastecimento de Campinas, propõe-se a construção de um adutora com cerca de 20 Km a partir da Represa de Pedreira, até a captação existente no Rio Atibaia???. De acordo com ela, ???esta solução permitirá uma folga para a Bacia do Atibaia, hoje muito crítica para abastecer os demais municípios???.
A gerente avalia que para a Bacia do PCJ, o esperado seja um aumento para 12m3/s, a partir da renovação da outorga, que vai acontecer no ano que vem. Atualmente, 5m3/s são enviados para a região e 31m3/s para a Grande São Paulo.
O assessor do gabinete da Secretaria de Estado e Recursos Hídricos, Rui Assis Brasil evitou falar em índices. ???Não é hora de falar em números. Nós temos de olhar o problema do ponto de vista da Federação e do ponto de vista do Estado. O importante é garantir o abastecimento de todas as regiões???, afirmou. ???Antecipar a discussão até é possível, mas precisamos ver se há alguma argumentação técnica para isso???, acrescentou.
O promotor do grupo de Atuação Especial e Defesa do Meio Ambiente, Rodrigo Sanches Garcia disse que antes de se pensar em antecipar as discussões, é preciso ver se a Sabesp cumpriu as exigências feitas quando da renovação realizada em 2004.