Um casal foi preso na noite de anteontem em Monte Mor acusado de ser responsável pela morte de uma menina de um 1 ano e 7 meses. O padrasto, um pedreiro de 26 anos, e a mãe, uma faxineira de 22, foram com a criança ao Hospital Municipal dizendo que a menina tinha sido picada por uma cobra, mas os médicos que a atenderam desconfiaram da versão e dos hematomas e chamaram a GCM (Guarda Civil Municipal). O crime ocorreu no bairro Nova Alvorada. Os nomes não foram divulgados.
De acordo com a GCM, os médicos informaram que a criança já chegou sem vida à unidade de saúde, por volta das 19h. “Por se tratar de violência física contra uma criança, o hospital convocou a Guarda (Municipal) para ir até lá. A mãe e o padrasto disseram que a criança estava dormindo e que foi picada por uma cobra, mas o médico atestou que a criança foi morta por asfixia mecânica, foi estrangulada”, informou.
A SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública) confirmou que a criança foi morta por esganadura e que por isso o hospital chamou a GCM e o Conselho Tutelar para acompanharem o atendimento do caso.
Ainda de acordo com a GCM, o casal negou o crime, mas não explicou o que aconteceu. “Não explicam, ficou uma conversa incerta. O delegado observou muita controvérsia no depoimento dos dois e deu voz de prisão. Ela está presa em Monte Mor mesmo e ele foi encaminhado para a delegacia (cadeia) de Sumaré. O crime foi registrado como homicídio qualificado. O corpo foi para o IML (Instituto Médico Legal), que vai comprovar a causa exata da morte, horário e como ocorreu”, explicou.
O Conselho Tutelar informou que a família nunca foi atendida e que não sabe a realidade deles. Uma conselheira, que se identificou apenas como Carmem, disse que agora o órgão está cuidando de uma irmã mais velha da criança morta, por causa da prisão dos pais. TODODIA