A Prefeitura de Americana, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo, integrantes do Condepham (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Americana) e representantes da empresa OES Engenharia e Construções realizaram, nesta quarta-feira (13), uma visita técnica ao Museu Histórico e Pedagógico “Dr. João da Silva Carrão”, o Casarão do Salto Grande.
Estiveram no local a secretária de Cultura e Turismo, Marcia Gonzaga Faria, o diretor municipal de Cultura, Deoclécio Antônio de Souza, o presidente do Condepham, Diego Bernardo, acompanhado dos representantes do Conselho, Helinton Escorpeli, Marco Antonio Alves Jorge e Elisabete Bonin, o engenheiro civil da empresa OES, Vagner Veneciano, e a historiadora e responsável pelo Museu, Carla Elizabete Guedes.
Na ocasião, foram analisadas visualmente as condições do prédio, que teve a primeira fase do projeto de restauro aprovado pelo Ministério da Cultura. A etapa compreende a reforma da fachada lateral esquerda e as obras devem começar após a captação de recursos. O prazo do projeto é um ano, a partir de 2 de janeiro de 2024.
O símbolo da preservação da memória de Americana começará a ser restaurado por meio de recursos da Lei Rouanet, que permite às empresas a dedução de até 4% do Imposto de Renda para projetos culturais. Nessa etapa, o valor total aprovado foi de R$ 2.696.146,34.
A restauração foi proposta pela OES, por meio de projeto de risco, a mesma empresa que realizou o projeto executivo de restauro da Casa Hermann Müller e que tem como responsável o arquiteto Alberto Streb, que trabalhou junto à empresa Rescap na troca do telhado do Casarão do Salto Grande em 2008.
O próximo passo nesse início de restauração será a apresentação do projeto executivo ao Condepham, por parte da OES, para que seja feita a busca pela captação de recursos.
“Estamos abertos às empresas que queiram destinar parte do seu IRPJ a esse projeto de recuperação do nosso querido Casarão”, destacou a secretária Márcia Gonzaga Faria.
Nessa primeira fase, as obras vão incluir, entre outras ações, a substituição das madeiras deterioradas que fazem parte da estrutura das paredes e sustentam o assoalho, bem como batentes, a remoção total da pintura da fachada e de cinco centímetros de espessura da parede externa. Esse material será tratado e transformado em uma nova argamassa para novo reboco da parede, devolvendo a harmonia da fachada, retirando as trincas e fissuras.
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História
Construído em 1810 em taipa de pilão, o Casarão foi a sede da Fazenda Salto Grande. Em 1971, foi criado o Museu Histórico e Pedagógico “Dr. João da Silva Carrão”, que permaneceu até 1974 e retornou em 1977, após reforma no prédio. O museu foi tombado como monumento de interesse histórico-arquitetônico em 1982 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e em 2006 foi tombado também pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico de Americana (Condepham).
O acervo é composto por objetos que pertenceram a americanenses que contribuíram para a formação histórica do município. Existem desde peças que foram utilizadas na Revolução de 1932 e na 2ª Guerra Mundial até coleções de moedas, mobiliário médico e dentário, móveis e objetos antigos.
“O início desse projeto é de extrema importância para o patrimônio histórico da cidade, representando uma iniciativa vital para preservar o legado histórico, arquitetônico e cultural, associado a grande reflexão de uma época da nossa história”, afirma a secretária de Cultura e Turismo.
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