Os trabalhos de levantamento de dados para o projeto de restauração da Casa Hermann Muller, localizada no bairro Carioba, seguem desde fevereiro. A empresa OeS Engenharia, responsável pelos serviços, conta com recursos no valor de R$ 250 mil oriundos da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo liberados no final de 2021 por meio do Proac Express (Programa de Ação Cultural). Trata-se da primeira fase dos trabalhos com prazo de 10 meses para sua conclusão.
O imóvel histórico foi construído em 1909 por Hermann Muller na então Vila Carioba. Nessa área o proprietário implantou o primeiro complexo de tecelagem de Americana, e criou uma comunidade de trabalhadores que viviam com suas famílias.
Desde que os estudos se iniciaram em fevereiro de 2021, os técnicos passaram a fazer o levantamento do acervo arquitetônico do imóvel para as futuras obras de restauro. Coordenador da equipe de trabalho, o engenheiro Vagner Veneciano prevê que a atual fase dos serviços deverá ser concluída em menos de um ano.
“Agora estamos fazendo o levantamento de dados para o memorial histórico, e também o projeto métrico-cadastral dos pisos, esquadrias (portas e janelas) internas. Ao mesmo tempo, trabalhamos no cadastramento das árvores no entorno da casa para o projeto paisagístico.”
Bombeiro
Um outro estudo está quase pronto. Trata-se do projeto para aprovação pelo Corpo de Bombeiros. Elaborado pelo engenheiro Ronaldo Cesar Pilotto, o projeto de segurança será enviado à corporação nos próximos dias. Além dos itens exigidos com relação à Casa Hermann, constam nesse projeto o levantamento técnico das construções anexas, como o prédio da antiga garagem, a casa do caseiro, o celeiro e o almoxarifado.
De acordo com Veneciano, a restauração da Casa Hermann (desde 2001 abriga a Casa de Cultura da Prefeitura) é um grande desafio para toda a equipe de técnicos. Após passar por várias reformas nas últimas décadas, o imóvel histórico de 54 cômodos terá recuperada a sua arquitetura original.
A Casa Hermann Muller, doada à Prefeitura de Americana em 1983 após um acordo com a família Abdalla – à época proprietária da Vila Carioba – foi tombada em 2013 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo).