O deputado estadual Chico Sardelli (PV) apresentou o projeto de lei na Assembleia Legislativa que declara Americana ???Capital do Tecido e da Confecção no Estado de São Paulo???. A proposta foi publicada hoje (11) no Diário Oficial e segue para análise das comissões permanentes. Pela história e contribuição na área têxtil e de confecção, o deputado entende que a cidade faz jus ao título.
Na justificativa, Sardelli destaca que Americana é conhecida como ???Princesa Tecelã??? e destaca-se como um dos principais polos fabricantes de tecidos planos de fibras artificiais e sintéticas da América Latina, tendo cerca de 430 indústrias têxteis (que trabalham com fiações, tecelagens, tinturarias e estamparias), além de diversos produtores de matéria-prima e centenas de confecções.Foram os imigrantes que trouxeram avanços nas atividades agrícolas e a descoberta da indústria têxtil como vocação econômica americanense. Tudo começou em 1875, quando recebeu uma das três primeiras tecelagens do Estado de São Paulo, o embrião do parque e da vocação têxtil da cidade. Foi nesse ano a fundação da futura tecelagem Carioba.Em 8 de outubro de 1887, chegou ao Brasil Joaquim Boer, chefiando uma grande comitiva de imigrantes italianos, que passou a residir na Fazenda Salto Grande.Em 1889, a Tecelagem Carioba é adquirida pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot, que a ampliaram, fazendo algumas melhorias, e iniciaram a construção da Vila Operária. Também foram eles que, em 1889, a batizaram como Fábrica de Tecidos Carioba, palavra que em tupi significa “pano branco”.A década de 1930 foi o auge do desenvolvimento econômico de Americana, que passou a ser conhecida como a capital do Tecido Rayon. Entre os anos de 1935 e 1970, com a implantação da indústria faccionista, surgem pequenas empresas têxteis que acabaram se transformando em renomadas indústrias, fazendo de Americana o maior polo produtor de fibras artificiais e sintéticas da América Latina.