Um guarda-roupa multifuncional, atemporal e com peças de qualidade. Com a tomada de consciência quanto aos impactos da indústria têxtil, cada vez mais pessoas buscam ressignificar a forma como compram roupa. Desta maneira, o fast-fashion vai dando lugar a um consumo mais consciente, que busca peças com maior durabilidade e versatilidade de combinação.
Atualmente a indústria têxtil é a segunda mais poluente do mundo, ficando atrás apenas da produção de petróleo, assim como ocupa a mesma posição no consumo mundial de água. Segundo análise da ONU Meio Ambiente, a indústria da moda movimenta US$ 2,4 trilhões e é responsável por empregar 75 milhões de pessoas ao redor do mundo, mas perde US$ 500 bilhões ao ano apenas em descarte de roupas.
Entre os movimentos que surgem destacam-se a minimalista, a moda sustentável e a vegana. Segundo a especialista Juliana Cunha a consciência é sobre comprar peças que se encaixam no estilo, que combinem com as que já estão no guarda-roupa e que tenham qualidade que as permitam durar anos.
“Na hora de comprar, a pessoa deve-se atentar a aspectos como sazonalidade, estado de conservação, caimento e combinação com o estilo que gosta de adotar. Esses detalhes vão fazer com que a compra seja mais inteligente e a pessoa use a peça muito mais, de forma que ela não fique inutilizada no fundo armário”, explica.
Segundo Juliana Cunha, o processo envolve pensar a moda além das tendências voláteis, adotando a vestimenta como uma comunicação de si para o mundo externo, mostrando inclinações, gostos e preferências. “Um guarda-roupa consciente e versátil é mais que uma questão de sustentabilidade, diz sobre autoconhecimento”, diz a especialista em moda.
Seguindo esse conceito, Juliana Cunha alerta que não é preciso ter medo de comprar roupa nova. “Atente-se a ter um guarda-roupa que atenda diferentes versões de si mesma, investindo em peças chaves, cores que mais gosta e caimentos que a fazem com que você se sinta confortável com você mesma”, resume.