Os Top 5 desejos dos brasileiros em 2024
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A pesquisa, que busca compreender as motivações relacionadas aos principais temas ou aspectos da vida da população brasileira, revela quais são os principais desejos de indivíduos com os mais diversos perfis no Brasil. Foram ouvidos ao todo 1.010 brasileiros entrevistados entre 4 e 7 de dezembro de 2023. Resultados ponderados para representar o total da população brasileira das classes ABC com 18 anos ou mais. Margem de erro de 3 p.p. e nível de confiança a 95%.
Edmar Bulla, fundador do Grupo Croma e idealizador do estudo, destaca indicadores inéditos do estudo: “É a primeira vez que os brasileiros colocam a saúde do corpo, da mente e das emoções como prioridade. Esse dado indica uma preocupação genuína com o bem-estar. Isso também representa uma coerência com outras análises globais relacionadas ao quanto as sociedades estão cansadas e sob pressão. No Brasil, as preocupações cotidianas e a intensa rotina colocam a saúde do brasileiro levantam riscos e oportunidades para o tema saúde e a gestão da saúde como um todo.”
Os cinco principais objetivos dos brasileiros em 2024
- Cuidados com a saúde e bem-estar do corpo (90%);
- Cuidados com a saúde e bem-estar da mente e das emoções(90%);
- Conquistar novas realizações financeiras (89%);
- Manutenção de relacionamentos sociais e familiares (79%);
- Obtenção de bens de consumo (78%).
No que diz respeito aos cuidados físicos, destacam-se a prática de atividades físicas regulares (52%) e a busca por uma alimentação saudável (50%), contrastando com um relatório de 2023 do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, que apontou que apenas 40% da população jovem realizava exercícios regularmente. Juntos, esses dados demonstram uma possível mudança de hábitos ocasionada pela maior apreensão com a saúde.
Quando questionados acerca de questões ligadas à saúde e bem-estar mental, a maioria dos entrevistados indicou ter vontade de viver a vida de forma mais leve (31%), indo de encontro com o que foi constatado pelo “Monitor Global dos Serviços de Saúde” de 2023 do Instituto Ipsos, em que o bem-estar psicológico aparece em primeiro lugar na lista de preocupações brasileiras.
Entre as realizações financeiras, os focos mudam a depender da classe social de que a pessoa faz parte. Enquanto entre as classes mais altas observa-se maior interesse em realizar investimentos (51%), os brasileiros das classes mais baixas se preocupam mais em economizar (36%) e quitar dívidas pendentes, limpando o próprio nome (21%).
Para Fernando Lamounier, especialista em educação financeira e diretor da Multimarcas Consórcios, quitar o saldo devedor com as instituições financeiras é uma das maiores preocupações para as classes mais baixas, porém, para que isso ocorra, recorre-se a uma segunda jornada de trabalho para compor uma renda extra e assim destinar parte do crédito a esta finalidade, o que afeta conclusão de outros objetivos: “O cenário não está fácil para as pessoas que ganham até três salários mínimos. Tem de se considerar que há no Brasil uma informalização de trabalhos e um crescimento da demanda no setor de serviços. Ou seja, a qualidade dos trabalhos disponíveis no mercado não é tão boa para quem tem de fazer renda para sanar as pendências. Mesmo assim, a saída que muitos encontram é na informalidade para poder fazer dinheiro e sobreviver”.
Já nas expectativas referentes às relações interpessoais, há maior predisposição em fazer novas amizades (46%), bem como aumentar a frequência de encontros presenciais com as pessoas (46%). Aqui também se enfatiza a disposição dos jovens entre 18 e 25 anos em se casar (33%), ou em morar com o atual parceiro ou parceira (25%).
Por fim, ao analisarmos inclinações para a aquisição de bens e consumo, a compra de imóveis próprios aparece como maior objetivo (36%), principalmente entre aqueles que possuem entre 35 e 44 anos (49%). É válido ressaltar que a intenção de adquirir veículos é predominantemente maior entre os membros de classes econômicas mais elevadas (39%), bem como a aquisição de eletrônicos (14%) e celulares (24%).
Do ponto de vista financeiro, buscar alternativas para adquirir um imóvel ou automóvel tem se tornado mais comum entre os consumidores. Lamounier detalha que o mero financiamento deixou de ser atrativo e isso impacta na tomada de decisão do consumidor brasileiro: “Com os valores dos bens ou outros produtos de maior valor agregado, tomar decisões ao adquirir um desses bens é um passo muito delicado e de alta responsabilidade, se tratando de uma dívida que pode durar anos, sem mencionar as altas taxas de juros a depender do método de aquisição escolhido,” comenta.
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