Um cadáver teve teste positivo para ebola na Serra Leoa, afirmou uma autoridade nesta sexta-feira, um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que a região do oeste da África estava livre da epidemia da doença.
Testes em uma mulher de 22 anos que morreu neste mês no norte de Serra Leoa mostraram que ela possuía o vírus, disse Francis Langoba Kellie, porta-voz do Escritório de Segurança Nacional, em entrevista a uma rádio local. A mulher era oriunda do distrito de Kambia Norte e havia ido para o distrito de Tonkolili Norte para receber cuidados médicos, disse o funcionário. Autoridades agora buscam saber que contatos ela teve e mandaram equipes para a área para investigar. Certas áreas serão isoladas, segundo o porta-voz.
A OMS declarou o fim da mais mortífera epidemia de ebola já registrada nesta quinta-feira, após nenhum novo caso aparecer na Libéria. Faz pelo menos duas semanas que havia ocorrido o último caso de ebola em Serra Leoa ou na Guiné. Os três países foram os mais afetados pela epidemia iniciada há dois anos.
“Nosso nível de preparo e capacidade de resposta são muito altos e não há motivo para preocupação”, disse Kellie. Ele lembrou que as pessoas devem seguir as orientações sobre a higiene e que regulações de emergência seguem em vigor.
Quase 4 mil pessoas morreram antes que a Serra Leoa fosse declarada livre de transmissões de ebola em 7 de novembro. A Guiné conseguiu isso em 29 de dezembro. A Libéria foi pela primeira vez declarada livre da doença em maio, mas novos casos apareceram duas vezes. A quinta-feira foi o primeiro dia em que ela havia sido declarada livre da transmissão.
O ebola já matou mais de 11.300 pessoas, em sua maioria no oeste africano, desde que a epidemia começou, no fim de 2013. O ebola se dissemina pelo contato direto com os fluidos corporais de pessoas doentes ou com os corpos infectados.
A OMS declara que a transmissão da doença acabou quando um país fica por dois períodos de incubação – cada um de 21 dias – sem aparecer um novo caso. Os países são colocados então em um período de monitoramento por 90 dias.
Fonte: Associated Press.