O caso do menino de 11 anos que era mantido em um barril em Campinas chocou o Brasil. O pai, a madrasta e a filha desta mulher foram presos por tortura e omissão de tortura. Ao ser resgatado, o garoto estava em desnutrição severa – quadro em que permanece e segue internado -.
Policiais militares chegaram à residência após denúncias de vizinhos, que notaram o sumiço do garoto. No local, as equipes se depararam com a criança no barril de ferro, amarrada e com o tampo fechado. O barril de ferro permanecia em constante exposição ao sol, o que chocou os agentes.
De acordo com informações dos policiais, o menino era alimentado com casca de banana e fubá cru. Os agentes que fizeram o resgate ainda afirmaram que a criança comia as próprias fezes em momentos de desespero – o garoto ficava até 5 dias sem se alimentar.
O pai afirmou que mantinha o menino dessa forma pois ele era uma criança agitada e fugia de casa. Ele alegou que educava o menino dessa maneira.
PERNAS INCHADAS. Por estar amarrado com correntes na cintura, mãos e pés, o menino não podia se sentar nem mesmo agachar. No momento do resgate, a criança apresentava pernas e pés inchados pelo tempo que permanecia em pé.
CONSELHO TUTELAR. Por se tratar de um caso de adoção, o conselho tutelar era responsável por acompanhar o caso, o que não acontecia. Em entrevista coletiva, um dos conselheiros confessou a falha no acompanhamento do caso do garoto.
A mãe da criança afirmava que o homem que mantinha a criança nessas condições era o pai biológico, o que foi desmentido através de um exame de DNA. Mesmo assim o homem adotou o menino, que foi abandonado pela mãe.
ENFERMEIRA CHORA. Ao chegar no hospital, o menino recebeu o atendimento necessário e emocionou uma enfermeira ao dizer que era “banhado” pelo pai com água sanitária e água fria. “Aquilo me fez chorar”, disse a enfermeira.